Dicas

Onde estamos plantando nossas sementes?

08/10/2025

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Professor/Jornalista Carlos Alberto dos Santos

Em uma cena do filme “Um limite entre nós”, Rose Maxson (Viola Davis) discute com o seu marido Troy Maxson (Denzel Washington). O filme explora, entre outras questões, as tensões familiares e as frustações pessoais. O casal está ali discutindo quando Rose solta uma frase que me fez parar para refletir: “Eu me plantei dentro de você e esperei florescer. E não levei 18 anos para perceber que o solo era árido e pedregoso e que jamais algo floresceria ali”.

Quando nos entregamos a alguém, seja amorosamente, profissionalmente ou até socialmente, colocamos uma parte de nós ali, como sementes, esperando que o solo seja fértil o suficiente para que aquilo cresça e floresça. Mas nem sempre é assim. Às vezes, esse solo não tem as condições necessárias para acolher o que plantamos, e a decepção vem como um choque.

Na cena do filme, Rose mostra a dor de perceber que tudo que ela 'plantou' em Troy não deu em nada. É quando o relacionamento passa a ser questionado. Alguns decidem seguir em frente, buscar novas conexões. Outros preferem se fechar, não se abrir mais. E tem os que apostam na recuperação da terra infértil.

Eu acredito que um bom jeito de saber como estão nossas conexões é observar a dança das energias, essência das relações humanas. Isso acontece desde um simples 'bom dia', um aperto de mão, um abraço, um olhar que diz tudo sem palavras, um sorriso, ou uma boa conversa. E quando essa energia não é recíproca ou saudável é como se a terra ficasse seca, sem nutrientes. Naturalmente nem todos os relacionamentos são para durar ou ser profundos e, por mais difícil que seja, perceber quando algo não está florescendo é um ato de autoconhecimento e autossustentação.

Foto: Pinterest

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