Dicas

A vida dentro ou fora da caverna

11/11/2025

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Professor e jornalista Carlos Alberto dos Santos

Muitas vezes temos medo de quebrar padrões, sair da rotina, deixar o nosso quadrado. Quase sempre evitamos isso para não sair da zona de conforto que criamos para nós, pois é ali que sentimos ter controle e segurança. Contudo, a zona de conforto nem sempre é realmente confortável: pode ser uma zona de conveniência. 
Eu sempre brinco dizendo que “adoro me perder, porque é assim que eu me encontro”. Em uma viagem caminhando pelas ruas de uma pequena cidade, acabei entrando em uma viela que não estava em meu roteiro inicial e descobri uma série de oficinas de artesanato local. Foi uma surpresa maravilhosa conversar com as artesãs e os artesãos e descobrir segredos da arte que eles desenvolviam. Caso eu não tivesse me “perdido”, talvez só teria conhecido as peças prontas nas lojas da rua principal. Foi uma experiência única.
Sair da zona de conforto não é um processo fácil, pois ela, na maioria das vezes, foi construída com tijolos e concreto de nossas experiências passadas, algumas delas traumáticas, que, ao longo da vida, nos deixam inseguros, medrosos e pouco confiantes no mundo “lá fora”. É preciso iniciar um processo cuja duração depende de cada um e da ajuda que buscamos quando decidimos que isso é necessário. É preciso buscar autoconhecimento, entrar em nossos labirintos interiores e até mesmo enfrentar fantasmas. 
O filósofo grego Platão, ao criar o mito da caverna, tentou explicar como muitos seres humanos vivem aprisionados em um mundo sensível onde uma falsa percepção da realidade alimenta a rotina do dia a dia. Sair da caverna pode ser interpretado como a busca pela verdade e a descoberta de um mundo real.

Foto: Pinterest

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