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Brechas, de Maria Beatriz Teixeira apresenta-se com um equilíbrio de linguagem muito bom. Sua capacidade de criar imagens precisas é digna de nota. Também o fato de sua escrita conseguir expressar de maneira serena a variada temática é algo que diz de um escritor capaz de compreender e exercitar o engenho da criação poética com relevante contribuição para o cenário literário. Sobre a temática, destacam-se a busca do ser amado, o trato com a memória, a cena urbana, o afeto melancólico, a busca de um propósito para a existência, certa religiosidade, tudo isso transpassado pela questão do tempo, agente catalisador dessa poética. “A poesia chega semeando força no uso das palavras (em um momento onde a linguagem técnica predomina), dando voz a muitos silêncios”, comenta a autora.

Maria Beatriz Teixeira nasceu em janeiro de 1953, em Montes Claros, MG. Seus pais foram imigrantes nordestinos, que constituíram uma família numerosa. Tem quatro filhos e três netos. Vive em Belo Horizonte e escreve desde criança, para superar a timidez, talvez. Em 2011 ingressou na Faculdade de Letras da PUC MG, conseguindo depois transferência para a UFMG. Interrompeu o curso. Vê na poesia uma maneira de apaziguar a dor e a injustiça neste mundo tão brutalizado. Escreve como forma de ternura, nunca de alienação

Foto: Divulgação