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“Os Inocentes” nasce da necessidade de uma contribuição pessoal para o momento atual em que vive não só o país, mas o mundo. Não basta simplesmente emitir opiniões, é preciso esclarecimento e reflexão contínua que possa ser compartilhada como uma chama viva que quiçá sensibilize o outro.  Viver em sociedade é intervir na vida uns dos outros, com escolhas, opiniões, em vários aspectos, no trabalho, na família, na relação com os amigos, no que se consome, no modo em que se vive, enfim.  Hoje nos comunicamos à velocidade da luz.   E aquele que comunica pode estar (quase) certo de ir ao encontro do conhecimento ou da experiência do receptor.   A livre expressão, acredita-se, não precisa ser feita a coberto ou com o pé no estribo: não existem perigos ameaçadores e os riscos são insignificantes. Será?

“Os Inocentes” vem refletir o momento atua, vem dialogar com  seu saber, com a compreensão do que está em curso. Colocamo-nos como interlocutores da situação, plateia e atores se identificam na trama.

 A população pede por justiça: a montagem convoca oito membros da sociedade para fazer parte deste drama. Oito inocentes são colocados em uma cela para arrancar de um revolucionário capturado durante uma invasão, os nomes de quem os financia. Sendo uma obra fictícia, qualquer semelhança com os fatos atuais é mera coincidência.

Um povo que não ajuda, não alimenta o seu teatro, se não está morto, está moribundo; como o teatro que não registra a pulsação social, a pulsação histórica, o drama da sua gente, a cor genuína de sua paisagem  e de seu espírito, com riso e com lágrimas, não tem direito de ser chamado de teatro, mas uma sala  de divertimento para fazer essa coisa horrível  que se chama “matar o tempo”.  – GARCIA LORCA

Ficha Técnica

Revolucionário -    Luciano Vivacqua             

Jovem –                 Thiago Welter

Empresário –         Athos Reis

Médico –               Rogério Tavares

Senadora –            Diva Carvalhar

Pastora –               Ana Cecília

Trans –                  Thiago Colombini

Repórter –             Marc Ross

Agricultor –           Diego Krisp