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Escritor Benito Barreto é eleito imortal da Academia Mineira de Letras
Em assembléia realizada na tarde desta quinta-feira, 19 de dezembro, na Academia Mineira de Letras, o escritor Benito Barreto foi eleito o sucessor de Soares da Cunha na ocupação da cadeira 02.
Benito é o terceiro sucessor da cadeira que tem como patrono Arthur França (1881-1902); fundador: Aldo Delphino (1872-1945);
1º sucessor: José Oswaldo (1887-2013) e 2º sucessor: Oswaldo Soares da Cunha (1921-2013).
"Estou emocionado com este galardão que é a minha eleição para a Academia, com tantos votos. Jamais esperei que a minha literatura me trouxesse tanto. Agradeço aos meus pares, que me honraram com seus votos, a começar pelo presidente, escritor Olavo Romano, e espero não desmerecer da honraria que me concedem com esta eleição. Agrada-me também muito ocupar a cadeira do poeta Soares da Cunha, que conheci na juventude e com quem fiz amizade, admirador e cultor que sou de suas trovas, que estão entre as melhores no gênero em todo o País. Vou tentar justificar a minha presença na Academia Mineira de Letras, fazendo o melhor que possa para dignificá-la." (Benito Barreto – 19/12/13)
BENITO BARRETO nasceu em 17 de abril de 1929 na cidade de Dores de Guanhães, Nordeste de Minas. Além de escritor, é também jornalista e empresário. Em sua obra literária, destaca-se a tetralogia Os Guaianãs, formada pelos livros Plataforma vazia (1962), Capela dos homens (1968), Mutirão para matar (1974) e Cafaia (1975). A tetralogia, já em sua 3ª edição, recebeu diversos prêmios e teve dois de seus volumes traduzidos para o russo e publicados na antiga União Soviética em 1980, com tiragem de 100 mil exemplares. A obra foi reeditada em dois tomos pela editora Mercado Aberto, de Porto Alegre, em 1986. Barreto publicou ainda Vagagem (1978), que se apresenta como um livro de “viagens e memórias sem importância”; A última barricada (1993), romance em folhetins improvisados, que reúne colunas publicadas no jornal Estado de Minas e anotações inéditas, em que ainda ressoam temas e personagens de Os Guaianãs; e Um caso de fidelidade (2000), que reflete as incertezas do mundo globalizado e pós-ideológico que se sucede à derrocada do socialismo. Entre 2009 e 2012, publicou a tetralogia Saga do Caminho Novo, que recria de forma ficcional a Inconfidência Mineira. A obra é composta pelos romances históricos Os idos de maio, Bardos e viúvas, Toque de silêncio em Vila Rica e Despojos: a festa da morte na Corte. A tetralogia recebeu por três anos consecutivos (2010, 2011 e 2012) o prêmio de melhor romance histórico do ano, concedido pela União Brasileira de Escritores, seção Rio de Janeiro (UBE-RJ).
50 ANOS DE LITERATURA:
Jornalista e escritor com romances publicados no Brasil e no exterior, aos 84 anos o mineiro Benito Barreto vive na atualidade, a emoção de ver sua trajetória documentada em projeto - cujo lançamento ocorreu em novembro de 2013 - que conta com um site sobre o autor e dois livros. A idéia surgiu quando a jornalista Rachel Barreto percebeu que Plataforma Vazia, primeiro livro do autor, completaria 50 anos em 2012. “Imediatamente veio a idéia da homenagem. Além da data, impressionam o vigor e a energia do meu avô, ainda na ativa e com obras de tanto fôlego, premiadas e bem recebidas pela crítica”, diz. Publicado originalmente em 1962, o livro ganha sua 4ª edição. Com tema ainda bastante atual, o romance teve apenas algumas pequenas modificações e foi adequado às novas regras de acordo ortográfico. Além da reedição de Plataforma Vazia, o escritor ganha a obra inédita Benito Barreto: 50 anos de literatura. Com autoria de Rachel, o livro retoma a trajetória de vida e a obra do autor, a partir de entrevistas realizadas com Benito entre outubro de 2011 e abril de 2013. O livro reúne fotos, imagens, notícias e correspondências e traz ainda textos inéditos de personalidades públicas relacionadas a Benito, como Sebastião Nery, Marco Antônio Tavares Coelho e José Hildebrando Dacanal, que abordam engajamento político, literatura, amizade e religião. A edição apresenta também trabalhos críticos sobre as obras de maior fôlego do autor, as tetralogias Os Guaianãs e Saga do Caminho Novo. Para completar a comemoração, foi lançado também o site www.benitobarreto.com.br, que reúne os principais episódios da vida e obra de Benito, com galerias de fotos, cartas, documentos, recortes de jornais e revistas e escritos inéditos. Há também espaço para a imprensa e uma loja virtual onde estão disponíveis os livros do escritor.
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