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Cultura popular e tradicional é conhecida como aquela que é passada de geração em geração sem formalidades acadêmicas. O mestre passa seu conhecimento a outra pessoa, que passa a colocar em prática os ensinamentos, e assim por diante. É a cadeia que mantém vivas tradições como o congado, a capoeira e a benzeção. Valorizar esses conhecimentos e a importância deles para a manutenção de nossas raízes culturais e de nosso patrimônio imaterial é uma das funções que a Fundação Municipal de Cultura mais tem se dedicado nos últimos anos.

Pensando nisso, o órgão entregou, no último domingo, dia 13, em emocionante e animada festa no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, a última edição do Prêmio Mestres da Cultura Popular. Os três vencedores foram Tia Zilda (Fundadora da Guarda de Congo Feminina de Nossa Senhora do Rosário do Bairro Aparecida), Mestre Cavalieri (Mestre de Capoeira) e Dona Fininha (Benzedeira do Bairro Novo Glória).

Bastante emocionado o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira, destacou a importância da valorização da cultura popular e tradicional e enfatizou que a Prefeitura de Belo Horizonte vai continuar e intensificar este trabalho, que reforça nossas raízes e nossa diversidade e baseia toda a nossa história como cidadãos.

O Prêmio Mestres da Cultura Popular tem como objetivo identificar e salvaguardar saberes, celebrações e formas de expressão portadoras de referência à identidade, à história e à memória dos grupos formadores da sociedade belo-horizontina em toda a sua diversidade. “A iniciativa da Fundação Municipal de Cultura também tem a intenção de valorizar e divulgar a atuação dos mestres e mestras na transmissão e perpetuação da cultura popular ao longo do tempo, além de contribuir para a melhoria das condições sociais e materiais de transmissão e perpetuação dos bens culturais imateriais da cidade. Tanto a entrega do Prêmio como a celebração de um ano de atividades do Centro de Referência integram as políticas públicas da Fundação Municipal de Cultura em valorizar a cultura popular e suas iniciativas”, destaca o presidente da FMC, Leônidas Oliveira. 

Os mestres e mestras participantes foram indicados por suas comunidades por serem detentores de um conhecimento indispensável à transmissão de saber, celebração ou forma de expressão tradicional. Um dos critérios para indicação é a atuação do mestre por mais de 10 anos em sua atividade, além de ter idade acima dos 60 anos. O processo de seleção dos mestres e mestras premiados foi realizado por uma Comissão formada por três representantes da FMC, um representante do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município e um representante do Conselho Municipal de Política Cultural.

Cada um dos mestres premiados, Tia Zilda, Mestre Cavalieri e Dona Fininha, receberá um prêmio de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) além de um certificado alusivo ao título de “Mestre da Cultura Popular de Belo Horizonte”.

Foto:  Ricardo Laf