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Amanhã (17), Arrigo Barnabé, Vânia Bastos e Kiko Dinucci se apresentam no CCBB
Para abrir o projeto Velha Guarda da Vanguarda, que revive um dos mais importantes movimentos musicais do Brasil - a Vanguarda Paulista, Arrigo Barnabé traz o show “Claras e Crocodilos” ao palco do CCBB, no dia 17 de dezembro, a partir das 20h. Para a apresentação, o artista convida sua contemporânea na Vanguarda Vânia Bastos, e um representante da nova geração,Kiko Dinucci.
“??Achei ótimo esse projeto acontecer em Belo Horizonte. Na época da Vanguarda não tivemos grande divulgação fora de São Paulo em meios eletrônicos, mas tivemos forte apoio da imprensa e muito boca a boca. Isso ajudou a formar um público, principalmente em BH e Porto Alegre, além do Rio?. Tivemos um contato estimulante com essas cidades. O show vai ser muito interessante”, conta Arrigo.
Seu polêmico disco “Clara Crocodilo”, dos anos 80, ganha uma fresquíssima interpretação com instrumentistas da nova geração: Ana Karina Sebastião (baixo e vocais), Joana Queiroz (sax tenor, clarone e voz), Maria Beraldo Bastos (clarinete e voz) e Mariá Portugal (bateria e vocais). Junto com elas os "históricos" Mario Manga (guitarra) e Paulo Braga (piano) oferecem uma versão entusiástica do repertório seminal da vanguarda paulista. O disco foi um ponto de inflexão na obra do compositor, que foi quem melhor fundiu as invenções formais da vanguarda erudita e os códigos diretos da cultura pop.
Vânia Bastos volta a suas origens quando reencontra Arrigo, com quem começou sua carreira sendo solista de Clara Crocodilo. “Na Vanguarda Paulista jovens músicos com ideias diferentes em relação à música vigente puderam desenvolver-se num ambiente totalmente diferente ao das gravadoras. Fizeram músicas populares com uma linguagem contemporânea e abrangente, diferente de tudo o havia sido feito até então. Mesmo passados 35 anos, sempre cantei com o Arrigo, com quem comecei minha história musical. Vamos voltar agora pra mais um bocadinho em Belo Horizonte”, diz.
Kiko Dinucci dialoga diretamente com a Vanguarda Paulista, mesmo tendo nascido no final da década de 70. Um artista multifacetado, que faz pesquisa artística e é avesso a tendências promete surpreender ao encontrar Arrigo no palco. “Conheci o som do Arrigo nos anos 80, e depois o do Itamar, e fiquei espantado com a criatividade e com a maneira de como propunham uma nova forma estrutural para a música brasileira. Essa geração me influencia muito, seja pela música ou pela postura, de como desbravaram o mercado independente e não abriram mão da integridade de sua arte para se adaptar às regras do mercado”, afirma.
E completa: “O Arrigo pra mim é um ídolo, ao mesmo tempo ele me trata de maneira muito humana, com respeito. Ele imprimiu a arte dele na página da história, não dá pra estudar a música brasileira e não trombar com Arrigo Barnabé. Depois da Tropicália ele foi o cara que mais mexeu nas formas de maneira mais radical, deu continuidade ao pensamento evolutivo da música e da arte. Pra mim é um prazer poder dividir o palco com ele”.
Foto: Mário Moreira Leite
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