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Novas exposições do CRModa apresentam o passado e o presente de peças íntimas femininas

 

A Fundação Municipal de Cultura abre ao público na próxima terça-feira, dia 17, no Centro de Referência da Moda de Belo Horizonte (CRModa) duas exposições que apresentam peças íntimas femininas bordadas à mão em meados do século XX e nos dias atuais. A mostra “Bordadas Memórias de Sutis Lembranças”, com curadoria de Marília Salgado, traz ‘camisolas do dia’ e outras peças bordadas nas décadas de 1950 a 1970. Já a exposição “Tramas e Bordados – Ontem e Hoje”, coordenada pelo renomado estilista Renato Loureiro, apresenta peças íntimas e camisolas bordadas à mão em uma oficina realizada no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Aarão Reis. As duas mostras têm entrada gratuita.

 

A mostra histórica “Bordadas Memórias de Sutis Lembranças” retrata a tradição genuinamente brasileira da ‘camisola do dia’, peça mais importante do enxoval da noiva em meados do século XX. A camisola do dia era confeccionada primorosamente por algum parente da noiva (mãe, tia ou avó), hábil na agulha, ou ainda por um profissional reconhecido. A peça era cuidadosamente planejada para ressaltar o recato da noiva e, ao mesmo tempo, para seduzir o noivo em sua primeira noite de intimidade.

 

Na exposição o público poderá ver cerca de setenta camisolas, robes de chambre, liseuses, calcinhas e combinações confeccionadas em seda pura, em sua grande maioria, mas também em cambraia de linho ou de algodão, e até mesmo algumas em poliéster, tecido sintético lançado no Brasil na década de 1960, mas que não vingou em nosso país devido ao clima tropical.

 

As lingeries da mostra fazem parte da coleção da professora e pesquisadora Maria do Carmo Guimarães Pereira, que, há 25 anos, por meio da sua escola Maria Arte e Ofício, vem decididamente perpetuando a arte do bordado em Belo Horizonte.

 

 

Peças do presente

 

Em uma sala anexa, o estilista Renato Loureiro apresenta a mostra “Tramas e Bordados – Ontem e Hoje”, trazendo um olhar contemporâneo dos bordados em peças íntimas. Durante os últimos dois meses, Loureiro orientou bordadeiras em uma oficina realizada no Centro de Referência de Assistência Social do bairro Aarão Reis.

 

Todas as peças trazidas pelo estilista foram bordadas à mão nesta oficina. São calcinhas, sutiãs e camisolas que, segundo Loureiro, não têm a pretensão de serem peças perfeitas. “Hoje, no pensamento da moda, o imperfeito é mais bonito. É interessante que as peças bordadas à mão não fiquem iguais”, conclui o estilista.

 

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