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Documentário recupera imagens históricas da Amazônia dos anos 1950 Em meio a um agitado período de progresso e industrialização ocorrido no Brasil nos anos 1950, nascia no coração do Amapá a primeira iniciativa de mineração industrial da Amazônia. Com ela, erguia-se uma nova estrutura urbana, com vilas residenciais, escolas e hospital na região que posteriormente se tornaria o município de Serra do Navio. Os registros dessa época, recuperados de películas da Indústria e Comércio de Minérios S.A (Icomi), foram restaurados e serão exibidos para o público pela primeira vez no documentário Dr. Antunes, que será lançado nesta quarta-feira (19), na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), em Belo Horizonte (MG). O filme conta a trajetória de Augusto Trajano de Azevedo Antunes, fundador da Icomi e da Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração (CAEMI), e sua importância para a indústria brasileira. O filme tem a direção do documentarista mineiro Sérgio Santos e reúne documentos, fotografias e depoimentos de colaboradores que trabalharam e conviveram com o Dr. Antunes, além das películas coloridas filmadas pelo documentarista Jean Manzon e restauradas de um rico acervo da antiga mineradora. A restauração foi financiada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br). “Quando decidimos mergulhar nessa história, encontramos o material que, apesar do péssimo estado de conservação, continha uma riquíssima documentação. São imagens de construção de ferrovias em meio à selva amazônica e da urbanização da região, tudo feito de forma a conservar o meio ambiente já naquela época”, explica o cineasta. O complexo urbano e social foi levantado com base em projetos do arquiteto Osvaldo Bratke e mais tarde seria definido pela escritora Raquel de Queiroz como “o sonho de um urbanista lírico”. Tinha supermercado, hospital moderno para a região, clube, piscina, cinema, entre outros equipamentos. A cantora Fernanda Takai, nascida em Serra do Navio em 1971, chegou a estudar em uma das escolas de Bratke e participa do filme. “Fizemos um jogo de linguagem, com cenas de crianças que estudam lá atualmente e imagens da Fernanda”, detalha Sérgio. A exibição é organizada pela FIEMG, IBRAM, Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) e APAAB/FUNCAEMI. “Nosso propósito é homenagear o Dr. Antunes e, também, documentar e divulgar seus valores, princípios, qualidades e realizações para que sirvam de modelo aos brasileiros. Por outro lado, o filme revela o que poucos conhecem, que já na segunda metade do século XX o Dr. Antunes já adotava, pioneiramente na indústria brasileira, a sustentabilidade nos projetos de mineração”, ressalta o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), José Fernando Coura. Engenheiro de minas, Fernando Coura atuou em outra empresa do Dr. Antunes, a Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração (Caemi).