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Cultura circense belorizontina está ameaçada por alagamentos

Spasso Escola Popular de Circo amarga prejuízos com as chuvas e organiza manifestação em busca de apoiadores O período de chuvas é sinônimo de pânico para muitos moradores e comerciantes da Avenida Francisco Sá, no bairro do Prado, em Belo Horizonte. A região sofre há muitos anos com problemas de infraestrutura e alagamentos, que deixam prejuízos astronômicos e riscos de falência. Na última segunda-feira, 12 de dezembro, mais um temporal amedrontou a região. Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), entre 18h40 e 19h30 choveu 68,4 mm na região oeste da capital mineira, ou seja, o que era esperado para 10 dias. A Spasso Escola Popular de Circo, localizada no número 16 da Av. Francisco Sá, foi uma das mais prejudicadas pelo incidente. Segundo a coordenadora da escola, Roberta Mesquita, cerca de 80% dos equipamentos da Spasso foram perdidos. “Essa é a quarta vez que entra água no imóvel, mas nunca havíamos tido tanto prejuízo. O temporal caiu logo durante a aula das crianças, que entraram em grande pânico quando a água começou a subir. Tivemos que acalma-las, então, não sobrou tempo para salvar muita coisa”, afirma. Roberta salienta que a Spaso Escola Popular de Circo necessita de ajuda urgente para garantir a retomada das suas atividades. Com o apoio de alunos e artistas que se solidarizaram, estão em fase de planejamento bazares e leilões para levantar fundos para a escola. “Às 17 horas desta quarta-feira, faremos uma manifestação pacífica na porta da Spasso para chamar atenção para nossa causa. Convidamos artistas, vizinhos e amigos para participarem e esperamos 200 pessoas”, informa. Fundada em 1996 por artistas e educadores, a Spasso Escola Popular de Circo tem a missão de divulgar e compartilhar a tradição e a arte circenses. Única escola de circo de Minas Gerais, desde a sua fundação, ela se afirma como centro de referência em ensino, pesquisa e produções culturais. Quase 3 mil pessoas já passaram pela escola, sendo que mais de 40 se formaram profissionais do circo e atuam em companhias do mundo todo. A Spasso desenvolve, ainda, o Projeto Circadania, que leva aulas de circo para crianças e adolescentes carentes ou com necessidades especiais. “Nosso objetivo é contribuir para uma formação consciente e crítica desses jovens. Mais de 40% dos nossos alunos são bolsistas”, conta.

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