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Em comemoração aos 117 anos de Belo Horizonte, a Fundação Municipal de Cultura inaugura, no próximo sábado, o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, na região da Lagoa do Nado. O espaço pretende ser um novo local para o debate em torno da cultura popular, contribuindo para sua identificação, promoção e formação. Na cerimônia, ocorre a abertura da exposição “Tradição e resistência: sujeitos, práticas e memórias da cultura popular em Belo Horizonte”, e a entrega do 1º Prêmio "Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte”. A cerimônia é gratuita e acontece neste sábado, dia 13 de dezembro, às 10h, na Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, Itapoã.

O Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado é uma transformação do Centro Cultural Lagoa do Nado, que completa 22 anos em 2014. Com a transição, a ideia é que além de oferecer oficinas e espetáculos, o local sirva como um espaço de discussão sobre a cultura popular na capital, configurando-se como um centro de excelência e importante espaço de formação. Para isso, novas atividades serão realizadas no casarão da Lagoa do Nado. Inclusive, uma das salas do local poderá ser utilizada para reuniões e estudos sobre o tema da cultura popular em geral, podendo ser solicitada por diferentes grupos interessados.

Para Leônidas de Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura, esta ação busca criar um canal aberto e contínuo de comunicação com os principais agentes e representantes da diversidade cultural da cidade, de forma a elaborar políticas públicas capazes de garantir as condições sociais de reprodução e perpetuação do nosso patrimônio imaterial. “Espera-se que este espaço seja capaz de identificar, registrar e lançar luz sobre as mais diferentes práticas culturais de Belo Horizonte, tão ricas em cores, sons, cheiros, sabores e sentidos, mas, por vezes, ainda desconhecidas de muitos belo-horizontinos”, conclui Oliveira.

A exposição

Para marcar esse novo espaço, será aberta a exposição “Tradição e resistência: sujeitos, práticas e memórias da cultura popular em Belo Horizonte”, que traz um panorama da diversidade cultural contida na cidade, considerando a especificidade de diferentes manifestações, como o teatro e a música, a patir de um acervo com vestimentos, fotografias, livros e outros objetos. A mostra também vai contar com itens ligados à trajetória dos vencedores do 1° Prêmio Mestres da Cultura Popular, como um terço e uma imagem de São Geraldo da benzedeira Dalila Senra Fabrini; uma faixa de “Cidadão do Samba” e um pandeiro do sambista José Luiz Lourenço, mais conhecido como Mestre Conga; um tambor e um patangome, instrumento musical mineiro, da rainha conga do estado de Minas Gerais, Isabel Casimira das Dores Gasparini. A exposição exibe ainda o longa-metragem “Mestre Conga – O incofidente do Samba”.

Mestre da Cultura Popular de Belo Horizonte

Neste ano, a FMC lançou pela primeira vez o Prêmio Mestres da Cultura Popular, visando reconhecer e valorizar os patrimônios vivos da cidade, cidadãos que se destacam por deter saberes e fazeres essenciais para a manutenção das tradições culturais da cidade. O prêmio foi de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Ao todo, 29 pessoas se inscreveram. Número considerado alto pela Diretoria de Patrimônio Cultural, devido ao ineditismo da ação na cidade e, sobretudo, ao perfil muito particular dos candidatos. A premiação é o primeiro passo para que se conheça um pouco mais sobre essas atividades que compõem o patrimônio imaterial de BH, contribuindo para a salvaguarda das tradições culturais da cidade.