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Concerto de Natal encerra temporada 2014 de música erudita da Fundação Clóvis Salgado

Obras de Britten e Vaughan, além de medley natalino e Suíte Papai Noel integram programa

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico de Minas Gerais e o Coral Infantojuvenil Palácio das Artes sobem ao palco do Grande Teatro para a última apresentação do ano: O Concerto de Natal. Os grupos interpretam clássicos do repertório natalino, como os já consagrados coros do oratório O Messias, de Haendel, além de obras inéditas em seu repertório dos compositores Vaughan Williams e Benjamin Britten.

 

O programa da apresentação também reúne um medley de canções contemporâneas que abraçam o espírito do Natal e a Suíte Papai Noel, com músicas de diferentes países. A regência será compartilhada pelos maestros Marcelo Ramos, Lincoln Andrade e pela maestrina Lara Tanaka.

 

Para a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Fernanda Machado, reunir a Orquestra Sinfônica, o Coral Lírico e o Coral Infantojuvenil no encerramento da temporada 2014 é um momento muito marcante, pois fortalece a relação da FCS com o público. “Ao promover o Concerto de Natal, a Fundação convida o público a se emocionar e apreciar diferentes estilos, que celebram a cultura e a tradição dessa época do ano”, aponta.

 

Entre clássicos e novidades – Inédita no repertório do CLMG, a peça A Ceremony of Carols abre o Concerto de Natal. Composta pelo britânico Benjamin Britten, em 1942, durante a travessia do Atlântico a bordo de um navio de carga sueco. Segundo o maestro Lincoln Andrade, que rege a primeira parte do concerto, A Ceremony of Carols é uma obra para ouvir pela primeira vez e guardar como uma das melhores obras escritas para coro e harpa na literatura coral mundial”, explica. Em versão para coro misto e harpa, e estruturada em dez movimentos, a apresentação tem solos da soprano Lisa Cerqueira dos Santos, do Coral Infantojuvenil; da soprano Valquíria Gomes e da mezzosoprano Anelise Claussen, integrantes do Coral Lírico de Minas Gerais e da harpista Cecília Pacheco. 

 

Outra obra é Fantasia on Christmas Carols, do britânico Vaughan Williams. Composta em 1912, o trabalho é um único movimento de cerca de 12 minutos, inspirado nas canções folclóricas inglesas. A execução dessa obra conta com a participação do tenor Márcio Bocca, integrante do Coral Lírico de Minas Gerais.

 

Clássicos do repertório natalino, os coros de O Messias, do alemão naturalizado britânico, G. F. Handel, serão interpretados pelo Coral Lírico, com acompanhamento da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e regência de Lincoln Andrade. Handel compôs esse oratório em 1741 e, desde então, a peça tem sido uma das obras corais mais conhecidas e apresentadas. Cantada em inglês, a composição possui três partes e narra a trajetória de Cristo, do nascimento à morte e ascensão.

 

Prata da casa – Orquestra Sinfônica, Coral Lírico e Coral Infantojuvenil se reúnem para interpretar a Suíte Papai Noel, composta em 2004 pelo maestro da OSMG, Marcelo Ramos, e que assume a batuta do concerto para a execução da obra. A composição é um compilado de canções típicas de Natal de vários países, como Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil. Fazem parte da Suíte Papai Noel as músicas O primeiro natal, We wish you a merry Christmas, O Christmas tree, Greens leaves, Adeste Fidelis, Boas festas entre outras.

 

Para Marcelo Ramos, essa mistura de canções na Suíte Papai Noel reflete a tendência do próprio público que já acompanha as apresentações promovidas pela FCS. Para o maestro “estamos no caminho certo, oferecendo de tudo um pouco para satisfazer os diferentes anseios de uma população que aprecia diversos gêneros de música.”

 

Medley Natalino – O Coral Infantojuvenil Palácio das Artes, sob regência da maestrina Lara Tanaka e acompanhado da OSMG, vai interpretar A Coletânea de Temas Natalinos.  O medley traz algumas composições já conhecidas do público, como Jingle Bell Rock e Amazing Grace. A novidade fica por conta de Sinos a tocar e Batuque natalino de um menino que ganharam nova roupagem, com orquestração de Fred Natalino, e serão apresentadas pela primeira vez. Segundo Lara Tanaka, a escolha dessas músicas alterna um pouco da tradição de repertório e, ao mesmo tempo, ineditismo. “É sempre muito bom mesclar canções conhecidas com trabalhos novos. Isso encanta o público e estimula nossos jovens cantores”.

 

Sobre os compositores:

Benjamin Britten – Nasceu em 1913, na Inglaterra. Foi compositor, maestro e pianista. Com dez anos de idade, já havia composto diversos quartetos de cordas. Aos 14 anos, a lista de suas obras já alcançava 534 títulos. Em 1945, estreou a ópera autoral Peter Grimes, com sucesso estrondoso. Juntamente com Joan Cross, formou um novo projeto operístico, o English Opera Group, em 1947, e se dedicou a realizar digressões e a se especializar em óperas de câmera. Fez diversas viagens pelo mundo buscando inspiração e realizando apresentações. Faleceu também na Inglaterra, em 1976.

 

G.F. Handel – Nasceu na Alemanha no ano de 1685. Naturalizou-se britânico no ano de 1726. Foi um célebre compositor da Alemanha. Desde cedo se mostrou um notável talento musical. Sua carreira iniciou-se em Hamburgo onde foi violinista e maestro da ópera local, compondo sua primeira ópera Almira. Na Itália seu nome passou a ser reconhecido, estreando obras de sucesso como La Resurrezione, Agrippina e II Trionfo del Tempo e tendo contato com diversos músicos importantes como Pietro Ottoboni. Já na Inglaterra foi compositor da família Real. Sua produção compreende mais de 600 obras e hoje é considerado um dos grandes mestres do Barroco musical europeu. Faleceu em 1759 na Inglaterra.

 

Vaughan Willians – Nasceu na Inglaterra em 1872. Compôs sinfonias, óperas, trilhas sonoras, músicas de câmara, música coral. Estudou música na Inglaterra, Alemanha e França. Foi editor musical do The English Hymnal, ajudou a editar o The Oxford Book of Carols ambos com sucesso considerável. Foi professor de composição no Royal College of Music e por muitos anos conduziu e liderou o Leith Hill Music Festival. Faleceu em 1958, também na Inglaterra.

 

Corpos artísticos e seus regentes:

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais - Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das grandes orquestras do país. O repertório interpretado pela OSMG inclui desde o clássico tradicional, como balés, concertos, sinfonias e obras sacras, até o mais significativo da música popular, com a série Sinfônica Pop. A Orquestra apresenta-se em eventos locais e nacionais, além de cidades do interior de Minas, com o intuito de difundir a música erudita e democratizar o acesso de diversos públicos a esse gênero musical. A OSMG atua também na temporada de óperas produzidas pela Fundação Clóvis Salgado. Seu atual regente titular é o Maestro Marcelo Ramos.

 

Maestro Marcelo Ramos – Mestre em Regência Orquestral pelo Cleveland Institute of Music (EUA) e Doutor em Artes e Regência Orquestral na Ball State University (EUA). Foi regente nas orquestras Amazonas Filarmônica, Teatro Nacional Cláudio Santoro e Sinfônica de Minas Gerais, onde dirigiu óperas e concertos sinfônicos. Participou de master classes internacionais com Michael Tilson Thomas, Kenneth Kiesler, Kurt Masur, Ronald Zollman e Alexandder Polistchuk. No Brasil, estudou regência com Eleazar de Carvalho e Dante Anzolini. Regeu as principais orquestras brasileiras no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Brasília e Espírito Santo. Além de regente, é violoncelista e arranjador. Já produziu três CDs com obras inéditas de compositores mineiros – a série Ofício de Trevas – e obras para bandas.

 

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Desenvolve diversos projetos que incluem Concertos no Parque, Lírico na Cidade, Concertos Didáticos e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fruir a música coral de qualidade, além de vivenciar o contato com os artistas. Seu atual regente titular é o maestro Lincoln Andrade.

 

Lincoln Andrade – Lincoln Andrade possui doutorado em Regência pela University of Kansas (EUA), mestrado em Regência Coral pela University of Wyoming (EUA), onde também foi professor assistente e ministrou aulas de canto coral e regência coral. Premiado nos Estados Unidos e na Europa, foi diretor musical do grupo ‘Invoquei o Vocal’; maestro titular do Madrigal de Brasília e do Coral Brasília. Ainda na capital federal, foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Regeu concertos na Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Paraguai, Polônia, Portugal e Turquia. Também é professor de regência e coordenador da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Coral Infantojuvenil Palácio das Artes – Criado na década de 80, o Coral Infantojuvenil Palácio das Artes é um projeto do Curso de Música do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (Cefar) e integra a política do Governo de Minas de fomento e promoção de jovens talentos. Sua atual regente titular é a Maestrina Lara Tanaka.

 

Lara Tanaka – Mineira de Belo Horizonte, Lara é formada em piando pelo Conservatório de Música de Minas Gerais e bacharel em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atua como cravista continuísta em diversos grupos de música antiga e com as orquestras da Musiccop, Orquestra da UFOP e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. De 2008 a 2012 atuou como cravista na oficina de música em Curitiba. Atualmente, é regente assistente do Coral Lírico de Minas Gerais. 

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