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Pela primeira vez em Belo Horizonte, a banda 14 Bis apresenta seu show em comemoração aos 35 anos de sucesso. Com uma mistura de músicas inéditas e releituras, que fazem parte do repertório do Clube da Esquina, o grupo surpreende mostrando seu lado mais instrumental e progressivo.

Além de ser um reencontro com seu público fiel e com a juventude cada vez mais presente na plateia, “o show acontece, quase que, num momento especial em que o país procura mais transparência, verdade, encontros e harmonia - coisa que um bom espetáculo de música propicia. Essa é uma oportunidade de tocarmos e cantarmos junto com o nosso público as novas e velhas canções rock’n’roll”, comenta Vermelho.

Em 2006 o grupo gravou o DVD/CD 14 Bis ao Vivo, no Palácio das Artes, no qual apresentou a música 14 Bis – instrumental, do segundo disco da banda. Nesse show de domingo, os músicos apresentarão, pela primeira vez em BH, outra instrumental progressiva, As 4 Estações de Vega (Flávio Venturini e Vermelho), que  também é do início da banda, agora em versão mais atualizada. Segundo Vermelho, a acústica impecável do Palácio das Artes oferece condições propicias para se ouvir música mais elaborada – uma das marcas registradas da banda.

Além de músicas inéditas como Talvez um Sonho (Sérgio Magrão), o show contará ainda com releituras que marcaram o Clube da Esquina. Durante o espetáculo, o público poderá curtir canções que se tornaram clássicos da MPB, comoSal da Terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos), Trem Azul (Ló Borges), Natural (Tavinho Moura e Flávio Venturini), Nova Manhã (Tavinho Moura, Flávio Venturini e Vermelho), Mesmo de Brincadeira (Cláudio Venturini e Vermelho),Sonhando o Futuro (Cláudio Venturini e Ló Borges); Bola de Meia, Canção da América, Bailes da Vida (Milton Nascimento e Fernando Brant); Planeta Sonho, Nave de Prata, Linda Juventude (Márcio Borges, Vermelho e Flávio Venturini); Todo Azul do Mar (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos), Mais uma Vez (Flávio Venturini e Renato Russo);Espanhola (Flávio Venturini) e Caçador de Mim (Sérgio Magrão e Luís Carlos Sá).  

Uma tradição de Natal

O público mineiro está vivendo um fim de ano conturbado, porém cheio de esperanças de que dias melhores virão. Revivendo uma tradição de Natal, que remonta à época Beatle, o 14 Bis oferece a seus fãs um show com a mesma esperança que tinham no início dos anos 70, quando apresentava na época de Natal o show Fio da Navalha, em teatros alternativos (Marília e Francisco Nunes).

Na época, os artistas se reuniam com Ló Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Tavinho Moura, Márcio Borges, Fernando Brant e outros, para fazer arte, tocando músicas de autoria própria. “Todos nós éramos ainda sonhadores artistas desconhecidos, em meio ao fogo cruzado de uma época de ideais de liberdade (Woodstock) e sonhos de democracia num país sob forte regime militar”, relembra Vermelho.

Foto: Divulgação