Notícias

A bailarina e atriz Rosa Antuña está na Dinamarca para finalizar a trilogia criada por ela sobre o universo feminino. Depois dos espetáculos “Mulher Selvagem” (2010) e “ O Vestido” (2013), é a vez de “A Mulher que Cuspiu a Maçã” encerrar o processo iniciado há 4 anos. A orientação artística é da atriz Roberta Carreri, integrante do respeitado Odin Teatret, criado pelo diretor Eugenio Barba há 50 anos.

“É uma honra e uma grande oportunidade estar aqui no Odin trabalhando diretamente com uma artista como a Roberta. Sem dúvida, é um momento de profunda transformação”, afirma Antuña.

“A Mulher que Cuspiu a Maçã” vem de um longo processo do estudo do corpo e mistura dança, performance, teatro e sonoridades vocais . O espetáculo surgiu a partir da leitura do livro “A Cama na Varanda”, de Regina Navarro Lins, que fala do universo feminino desde o início dos tempos. “A Mulher que Cuspiu a Maçã” é a mulher que rompe com padrões de opressão que marcaram toda a história. “A arte é uma só e nós mulheres, juntas, somamos forças, aprofundamos pesquisas, preenchemos lacunas, afinal estamos sempre abrindo caminhos”, declara Rosa.

A jornalista e documentarista Duda Las Casas está registrando todo o processo da artista no Odin. O resultado poderá ser visto no filme “A Mulher que Cuspiu  a Maçã”. A narrativa do  filme  irá  se  estruturar  em  depoimentos  da atriz e  trechos de performances e cenas ficcionais. “É uma busca por uma relação de mais intimidade com a personagem, de forma crua e artesanal. A ideia é acompanhar todo o processo criativo, utilizando lentes de celular e uma câmera” conta Duda.

Rosa Antuña

Há 11 anos na Cia Mário Nascimento, é assistente de direção e de coreografia, ensaiadora e professora de dança, improvisação, teatro e voz, além de bailarina e atriz. Criou a oficina Arte-Integrada, desenvolvida ao longo de seu trabalho com a Cia MN, ministrando-a por todo o País.

Teve formação em ballet clássico pelo método da Royal Academy of Dancing, no Centro Mineiro de Danças Clássicas. Estudou também no Centro Pro-Danza de Cuba e na Palucca Schule Dresden, Alemanha. Trabalhou no Chemnitz e Erfurt Theater na Alemanha e, no Brasil, no Grupo de Dança 1º ATO, Mimulus Cia de Dança e no Balé da Cidade de São Paulo.