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Na próxima quarta feira, dia 11/12, em um momento oportuno devido ao esvaziamento da universidade pela proximidade do período de férias, o Conselho Universitário da UFMG, vai votar a adesão a EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
A empresa pública de direito privado, criada pelo próprio governo federal para gerir os hospitais universitários é uma verdadeira ameaça a autonomia universitária, e principalmente aos princípios do SUS público e universal, pois entre outros fatores pode gerar uma dupla porta de entrada e irá contratar os profissionais via CLT, além do que a empresa já afirmou no último contrato apresentado ao conselho diretor do Hospital das Clinicas, que não vai assumir a dívida do hospital.

A procuradoria geral da união já ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 4.895) no Supremo Tribunal Federal, apontando que a lei que criou a EBSERH é inconstitucional, além disso em audiência pública o Tribunal de Contas da União recomendou que a UFMG não assine o contrato com a empresa e afirmou que atual crise do Hospital é por incompetência da atual diretoria. 

A EBSERH foi barrada na UFRJ e UFCG. Nas universidades onde ela foi aprovada, o processo ocorreu de maneira completamente arbitrária como por exemplo na UFAL onde o reitor proibiu o acesso ao conselho universitário, realizou a reunião as vésperas do recesso natalino e realizou uma demissão em massa antes da votação para pressionar a assinatura do contrato.
A adesão a empresa representa um grande retrocesso das vitórias alcançadas desde a Reforma Sanitária, onde a saúde foi de fato considerada um direito constitucional e foi criado o SUS.