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Lançamento do documentário “Lírico Movimento”, dia 14 de dezembro, sábado, em única exibição no Cine Humberto Mauro

 

Relatos afetivos de Clóvis Carrero, maestro Luiz Aguiar, Walter Cardoso, Elvécio Guimarães e outros grandes nomes do cenário mineiro relembramum período de grande efervescência artística em Belo Horizonte, que impulsionou a criação de espaços fundamentais de cultura, em tempos de capital sem teatro.

 

No dia 14 de dezembro, sábado, às 22h, acontece o lançamento do documentário “Lírico Movimento”, com direção e produção de Ana Amélia Arantes e direção de fotografia e edição de Guilherme Reis. O filme será exibido no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 - Centro). A entrada é gratuita. Distribuição de senhas na bilheteria do cinema, 30 minutos antes da sessão. Classificação: livre.

 

O média metragem, com duração de 25 minutos, narra a história de um movimento artístico expressivo durante as décadas de 50, 60 e 70, em Belo Horizonte, que impulsionou a criação do Teatro Francisco Nunes (na época, Teatro de Emergência) e do Palácio das Artes (construído inicialmente para ser o Teatro Municipal), principais espaços culturais para as artes cênicas naquele período.

 

A ideia de fazer o documentário surgiu em 2007. O assunto, recorrente nas conversas da diretora Ana Amélia Arantes com o amigo compositor Wallace Armani, no café do Palácio das Artes, acabou virando tema de pesquisa acadêmica, desenvolvida sob a orientação do fundador do Coral Lírico de Minas Gerais, Maestro Luiz Aguiar.  “A importância da história e a falta de registros em acervos públicos me levaram a mergulhar no universo das temporadas de ópera em tempos de capital sem teatro”, explica a diretora. 

 

Essa história começa em 1947, quando um grupo de artistas da cidade encena Cavalleria Rusticana, no Cine Theatro Brasil, em comemoração ao cinquentenário de Belo Horizonte. A iniciativa faz sucesso e desperta nos organizadores o desejo de prosseguir com os eventos. Três anos mais tarde, eles fundam a Sociedade Coral de Belo Horizonte, que dá início às Temporadas Líricas Oficiais na capital. Além da cena, o grupo, cada vez mais numeroso, se desdobrava nas funções de produção e confecção dos cenários e figurinos para as óperas, com pequenos apoios da iniciativa privada e pública. Sem nenhum tipo de retorno financeiro, a quase totalidade dos integrantes se mantinha com outras profissões. Apesar disso, o movimento durou mais de 30 anos.

 

Participam do documentário 13 artistas que viveram intensamente o movimento lírico em seus diferentes momentos, com relatos de histórias e lembranças afetivas daqueles tempos áureos. Entre eles, nomes conhecidos no cenário artístico mineiro, como Maestro Luiz Aguiar, Raul Belém Machado, Francisco Mayrink e Elvécio Guimarães.

 

No filme, o público vai conferir fotos e gravações ao vivo, cedidas pelos participantes e familiares de grandes nomes do canto lírico, como Maria Helena Buzelin, Zilda Lourenço e Lia Salgado.

 

O vídeo documentário foi viabilizado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte e com a boa vontade de parceiros e colaboradores do projeto.

 

 

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