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Tecnologia a favor da arte
“Tecnologias de Preservação: ontem, hoje e amanhã” será um dos temas abordados no “III Simpósio do Museu de Congonhas - Preservação, Patrimônio e perspectivas de futuro: da caravana modernista ao Museu de Congonhas” que acontece nos dias 14 e 15 de dezembro e conta com mesas de discussão e um grande show de encerramento, celebrando todo um trabalho à preservação do patrimônio, da memória e da identidade na cidade.
Na data do seminário acontece também a abertura da exposição “Aleijadinho Virtual” no Museu de Congonhas. A mostra será utilizada como exemplo para a apresentação de Francisco Almendra, diretor do Studio KwO, empresa especializada em criar experiências em realidade virtual e aumentada, responsável pela exposição. Almendra divide a mesa com a restauradora Rosângela Reis Costa, fundadora do grupo Oficina de Restauro, responsável pela limpeza e retirada de líquens e fungos das estátuas dos profetas de Congonhas, realizada nos últimos meses. Ambos contam suas experiências e apresentam resultados dos trabalhos que vem desenvolvendo.
“Para criar a experiência Aleijadinho Virtual, digitalizamos dezenas de obras do Mestre Aleijadinho em alta definição através de mais de 20.000 fotografias. Esse esforço vai servir para a preservação do patrimônio, mas também forma a base da exposição interativa. Hoje em dia ninguém quer viver passivamente como se fazia no passado: queremos interagir, trocar. E é isso que vamos fazer em ‘Aleijadinho Virtual’: interagir em primeira mão com o primeiro grande artista brasileiro e sua obra”, disse Almendra.
A exposição ‘Aleijadinho Virtual’, aberta ao público a partir do dia 15 tem duas partes: uma experiência interativa em realidade virtual (VR), e uma exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR). Na experiência VR haverá três estações de realidade virtual de última geração, com sessões individuais a cada 15 minutos em cada uma delas. O público poderá agendar gratuitamente um horário, e ao colocar os óculos será transportado para um encontro virtual com Aleijadinho em meio às suas obras mais famosas. Os visitantes poderão se movimentar dentro da experiência, interagir com objetos e até mesmo esculpir um dos 12 Profetas de Aleijadinho enquanto o Mestre os guia no ofício.
Aniversário e outras palestras:
No próximo dia 15 de dezembro o Museu de Congonhas celebra seus 8 anos de inauguração. Desde 2015 a instituição, pensada para potencializar a visita ao santuário do Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas, vem se consolidando como referência através de seu projeto de educação patrimonial, além de se transformar num importante e efervescente centro cultural para a cidade.
A partir de 2021, a realização do Simpósio do Museu de Congonhas passou a fazer parte da programação de aniversário da instituição e importantes discussões de temas que fazem parte do dia-a-dia do museu, conduzidas por pesquisadores que são referências em suas áreas, funcionam como primeiros passos para que a pesquisa e a produção de conhecimento também estejam presentes no Museu de Congonhas.
No dia 15, também a partir das 9h, a mesa “Processos de valorização e preservação do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos: A Reconquista de Congonhas”, formada pela professora e historiadora Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e por Daniela Lorena Fagundes de Castro, superintendente estadual do IPHAN, fazem um panorama sobre as políticas de preservação no país, e partindo de suas experiências, apresentam diversas ações em que estiveram envolvidas.
Show de Paulinho Moska:
Para fechar os trabalhos, na noite de 15 de dezembro, Paulinho Moska apresenta seu show “Os Violões Fênix do Museu Nacional”. Usando instrumentos feitos com madeira de rescaldo do incêndio do Museu Nacional em 2018, Moska propõem uma terceira vida para essas madeiras - que já foram árvore, móveis incendiados e agora se tornam instrumentos de música e poesia - apresentando grandes clássicos de seu repertório, mostrando porque é um dos grandes nomes da nova MPB.
As inscrições para as mesas de discussão podem ser feitas a partir do preenchimento do formulário disponível em todas as redes sociais do Museu de Congonhas, são gratuitas e acompanham certificado de participação. Para o show, os ingressos podem ser adquiridos na recepção do Museu de Congonhas pelo preço simbólico de R$ 2,00 e são limitados à capacidade do espaço.
Foto: César Raydan
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