Notícias

No próximo dia 11 de dezembro, o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) abre ao público a exposição “O Casarão: da Fazenda ao Museu Histórico da Cidade”, promovendo nova reflexão sobre os usos da casa e sua representação, a partir de novos itens de seu acervo. Realizada pela Fundação Municipal de Cultura, a exposição integra a agenda comemorativa do aniversário de Belo Horizonte. A mostra tem entrada gratuita e permanece em cartaz por um período aproximado de cinco meses. Instalada no andar térreo do casarão, a mostra apresenta as diversas transformações pelas quais passaram a edificação, desde seu uso como sede da Fazenda Velha do Leitão, ainda no século XIX, até a inauguração do Museu Histórico de Belo Horizonte, em 1943. A exposição narra essa história a partir de fragmentos do passado que ganham novo sentido no presente, em forma de artefatos, objetos utilitários da vida cotidiana, instrumentos de trabalho, caderneta de memórias, fotografias, quadros e mapas. A velha casa da Fazenda do Leitão, construída em 1883, experimentou, ao longo de sua trajetória, distintos usos na história do viver privado e público. Do ambiente rural ao urbano, do Arraial à cidade, o casarão manteve por longo tempo seu uso residencial. Em 1894, a Fazenda do Leitão foi desapropriada pela Comissão Construtora da Nova Capital, tornando-se propriedade do Estado de Minas Gerais. A partir de então, o casarão e seu entorno foram utilizados como centro de pesquisas agronômicas da Secretaria de Estado da Agricultura, viveiro de plantas e sementes, Colônia Agrícola Afonso Pena, posto de veterinária e zootecnia e como residência de funcionário do Ministério da Agricultura. Em 1938, a Prefeitura de Belo Horizonte adquiriu o imóvel do governo federal e três anos mais tarde criou o Museu Histórico de Belo Horizonte, inaugurando-o oficialmente em 18 de fevereiro de 1943, tendo Abílio Barreto como seu primeiro diretor. O casarão foi tombado pelo IPHAN em 1951, medida que garante sua condição de patrimônio cultural a ser preservado.