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O encontro entre KVSH e a Orquestra Ouro Preto levou o público do Palácio das Artes a uma noite que combinou emoção, potência e celebração no último sábado, 29 de novembro. Com ingressos esgotados, o espetáculo em homenagem aos 60 anos da Obra Pavoniana mostrou como a música pode atravessar gerações e criar uma experiência que ultrapassa o entretenimento, tornando-se um verdadeiro acontecimento cultural para Belo Horizonte.

A apresentação trouxe um repertório cuidadosamente construído para destacar o diálogo entre o clássico e o contemporâneo. Da abertura com “Zarathustra” aos arranjos vibrantes de “Potter 3.0”, passando pela sensibilidade de “Eleanor Rigby”, pela energia de “Party All the Time” e pela grandiosidade de peças como “Mozart”, “Take on Me” e “Beethoven”, o público foi conduzido por uma viagem sonora que uniu emoção, técnica e reinvenção. O momento final, com “Innerbloom”, coroou a noite com uma atmosfera quase cinematográfica, arrancando aplausos de pé e gritos entusiasmados.

Sob regência do maestro Rodrigo Toffolo, a Orquestra Ouro Preto deu novas cores às faixas eletrônicas, enquanto KVSH trouxe a pulsação e a presença de palco que marcam sua trajetória. A sintonia entre maestro, músicos e DJ foi um dos pontos altos da noite, evidenciando o cuidado estético e a força de um projeto que desafia fronteiras musicais.

Além da qualidade artística, o espetáculo carregou um profundo simbolismo. A Obra Pavoniana, que há seis décadas transforma vidas por meio da educação, acolhimento e oportunidades, celebrou seu aniversário de forma grandiosa e sensível. Para Diomar Martins, gestor da instituição, a noite sintetiza o impacto social e humano da trajetória da organização. “Celebrar sessenta anos com música é celebrar a vida. Ver o teatro cheio, com pessoas de todas as idades unidas pela arte e pela solidariedade, reafirma a importância do nosso trabalho e nos inspira a continuar.”

A experiência também evidenciou o quanto a convergência entre diferentes universos – da música de concerto aos beats eletrônicos – tem o poder de renovar percepções e aproximar públicos diversos. A plateia, composta por jovens, adultos e famílias inteiras, respondeu com entusiasmo à proposta, transformando o Palácio das Artes em um espaço de encontro e pertencimento.

A apresentação de KVSH com a Orquestra Ouro Preto não apenas celebrou uma instituição histórica, mas também reforçou o papel da música como linguagem universal. Uma noite memorável, que ficará registrada como um dos momentos mais marcantes da cena cultural mineira em 2025, e que mostrou, uma vez mais, que tradição e inovação podem caminhar lado a lado quando o propósito é emocionar.

Instagram: @obrassociaispavonianas

Foto: Divulgação