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Publicitária mineira estreia na literatura

Carla Madeira, publicitária, relações públicas e jornalista, estreia na literatura e lança o livro “Tudo é Rio” (Editora Quixote). O romance conta uma complexa história vivida por uma prostituta e um casal, onde sentimentos como amor e dor se misturam de forma imobilizadora. O evento ocorre no dia 10 de dezembro, quarta-feira, às 19h, na Vila 211 – Bairro Serra.

 

Em “Tudo é rio”, Carla Madeira, de uma forma peculiar, trata de sentimentos e relacionamentos íntimos. A obra conta uma história que passa em lugar impreciso, em um tempo indefinido, que se torna universal ao lidar com a complexidade humana. Amor, erotismo, dor, perdão e saudade são sentimentos que envolvem uma prostituta e um casal. Amor e dor se misturam de forma imobilizadora. Os três se veem presos por uma obsessão, que os impede de seguir adiante ou desistir. É uma história que prende, do início ao fim, como uma correnteza de rio.

 

Carla Madeira é diretora de criação da Agência Lápis Raro, uma das empresas de comunicação mais premiadas e reconhecidas de Minas Gerais. Já deu aula de redação publicitária, estudou matemática, violão clássico e faz parte de um grupo de artes plásticas que se reúne exclusivamente para pintar.

 

Pingue-pong com a autora:

Como surgiu a ideia de escrever o livro? O que a motivou? Este livro começou a ser escrito há quinze anos. Era sobre três irmãs, que perdem a mãe quando a caçula nasce e são criadas por uma outra mulher. Avancei bastante nesta narrativa, mas ela me levou a uma segunda história, completamente secundária: o triângulo entre a prostituta Lucy, e o casal Dalva e Venâncio. Na época, eu estava grávida, e quando escrevi o que aconteceu entre Venâncio, Dalva e o filho deles, foi um tapa indescritível. Os sentimentos que experimentei me arrasaram. Não dei mais conta de voltar ao livro. Somente em 2013, senti a vontade insistente de retornar à história dos três, que acabou se tornando o ponto central de “Tudo é rio”. 

 

Quanto tempo você demorou para escrever “Tudo é rio”? Depois que retomei a escrita, levei oito meses fazendo o livro. Escrevia todos os dias por duas horas, e nos fins de semana de seis a oito horas. Se eu ficasse um dia sem escrever, perdia a voz do narrador que tem um sotaque muito particular.

 

“Tudo é rio” tem traços autobiográficos? Nunca vivi nenhum fato do livro, mas acho que vivi muitas das emoções que estão lá. É claro que os personagens têm muito de muitas pessoas que conheci, e falam de coisas que sempre andaram comigo de alguma forma.

 

Qual a diferença entre escrever um livro e criar uma peça publicitária? Criar uma peça publicitária é um trabalho coletivo, com objetivos muito bem definidos, envolvem um universo estético e conceitual que parametriza tudo. A publicidade me coloca diante de um briefing, a literatura diante da página em branco, diante de mim mesma. É solitário e profundo.

 

Já tem ideia do tema do próximo livro? Não  tenho uma ideia, mas tenho tido alguns flashes de situações e personagens que uma hora vou explorar. Adorei a experiência de "Tudo é rio". Quero mais.

 

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