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QUIK Companha de dança encerra 2013 com espetáculo, site novo e reformas na sede para ampliar diálogo com a comunidade.

Nos dias 7 e 8 de dezembro (sábado e domingo), a Quik Companhia de Dança  abre mais uma vez as portas de sua sede para mostrar as ações de  arte e cidadania, que vem desenvolvendo no bairro Jardim Canadá (Nova Lima). Na ocasião, será apresentado o espetáculo de dança contemporânea “O Jardim no Espelho: Entre”. Este é  mais um dos projetos promovidos pela Quik na comunidade. As apresentações acontecem às 20h, no Quik Espaço Cultural  (Rua Vancouver, 344 – Jardim Canadá – Nova Lima). Classificação: livre. Telefone para informações: (31) 3581-8673 e 3581-3503. A entrada é gratuita, aberta à comunidade e ao público em geral.

 

Participaram do processo de montagem 120 alunos, moradores do Jardim Canadá que, durante um ano, passaram por aulas regulares  de dança, música, artes plásticas, cultura digital  e teatro. “Fomos propondo questões e reflexões, para os jovens bailarinos, sobre sua vida, o bairro que habitam e como estabelecem as relações em comunidade”, explica a bailarina e diretora do espetáculo, Letícia Carneiro.

 

Com forte diálogo com a literatura, nos últimos tempos, a Quik se inspirou em “Alice no País das Maravilhas”, texto de Lewis Carol. O espetáculo propõe, por meio da imaginação, descobrir um novo olhar para este mundo concreto que está ao nosso redor.

 

“Cada vez mais entendemos que através da arte podemos transformar o cotidiano das pessoas e provocar um olhar mais crítico e sensível para o mundo”, acrescenta a artista. A Quik realiza na região diversas atividades de sensibilização e formação de público, oficinas, aulas de dança, ações cineclubistas e criação de espetáculos.

 

Essa história afetiva com o bairro não começou agora. Ela se confunde com a data de fundação da companhia, em 2000. Na época o Jardim Canadá era um bairro muito precário, sem grandes atrativos e sinônimo de violência. “A Quik foi de certa forma pioneira. Não havia quase nada na área cultural, nem de serviços em geral. As ruas eram todas de terra, sem pavimentação, calçadas e sem saneamento básico”, relembra o bailarino Rodrigo Quik.

 

Mas o que levou a companhia  a ‘fincar pé’ foram as possibilidades infinitas que o bairro oferecia para desenvolver trabalhos artísticos, sociais e de grande proximidade com os moradores. “Os vazios eram inspiradores e instigantes. Hoje a região é um polo cultural, de serviços e industrial e a Quik acabou se tornando uma referência como organização artística e sociocultural”, conta Rodrigo Quik.

 

De lá pra cá, a Quik atingiu cerca de 8.500 pessoas da comunidade. Este ano, ela conseguiu fechar duas parcerias com escolas públicas da região, fortalecendo as ações do projeto e estreitando o diálogo com os moradores da região garantindo o direito ao lazer, à cultura, à arte e à convivência responsável e consciente. Outra medida que fez toda a diferença foi a reforma no espaço.

 

A sede da companhia já se encontrava bem equipada com equipamentos de som e luz, afinal, desde 2011, o grupo havia se tornado um Ponto de Cultura. Mas as condições de acomodação do público ainda eram insipientes. As cadeiras ficavam todas no mesmo nível do chão. Foi quando os bailarinos conseguiram recurso para construir uma arquibancada de 130 lugares e instalar umblack out no espaço, o que permitiu também a realização de espetáculos de artes cênicas através do projeto “Corredor Cultural: a escola vai a Quik aprovado pelo Fundo Estadual de Cultura em 2012  e exibições de filmes em uma importante ação cineclubista, para a comunidade, também durante o período da manhã e tarde.

 

Além disso, o acesso dos usuários ao espaço foi facilitado com a construção de uma rampa para cadeirantes. “É um processo de construção passo a passo, dia a dia. Cada conquista é suada e muito valorizada por nós e pelas pessoas do entorno”, explica Letícia Carneiro.

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