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Dias 4 e 5 BH recebe espetáculo de dança que homenageia riquezas do rio São Francisco
“O outro lado do rio”, do Grupo Impacto, traz para a cena natureza, cultura e fé Espetáculo de dança homenageia a força e as riquezas das águas doces de Minas
Criado pelo coreógrafo contemporâneo mineiro, Alan Keller, o novo trabalho do Grupo Impacto de Dança, de Viçosa, na Zona da Mata de Minas, mergulha nas águas doces de Minas Gerais. O que acontece no fundo e às margens dos rios inspiraram Alan e o elenco do grupo viçosense na construção do trabalho.
A obra que estreou em outubro e está em circulação pelo interior, chega a Belo Horizonte nos dias 4 e 5 de dezembro, no Teatro Raul Belém Machado. As apresentações serão gratuitas com abertura de artistas convidados de Belo Horizonte e rodas de conversa.
Dia 4 o evento começa às 19h e a abertura será feita pelos artistas belorizontinos do Grupo Jovem Arte e Passo e do Cultura do Gueto. No dia 5 a apresentação será às 10h com abertura da Cia de Jazz Emaline Laia.Ingressos gratuitos no Sympla.
Sobre a obra
"O outro lado do rio" trata das riquezas que os rios guardam, como os peixes que neles vivem, e dos mistérios que envolvem suas águas e dão origem a lendas e causos passados de geração a geração.
O trabalho também traz para a cena a força transformadora dos rios que atravessam histórias e ajudam a construir caminhos. "Eu nasci às margens do rio de São Francisco e moro atualmente às margens do rio Paraopeba. Vejo de perto toda a força dessas águas, a transformação que provocam nos territórios, na economia e na cultura local", comentou o coreógrafo nascido em Três Marias.
A mineiridade é ponto de partida para o coreógrafo e permeia o espetáculo nas referências que aparecem em cena, como a religiosidade, e na trilha original feita por Gabriel Canedo. Nos corpos, os movimentos da dança contemporânea se unem aos das danças urbanas. E
segundo Canedo o urbano e a contemporaneidade também aparecem na construção musical.
“A trilha mescla elementos urbanos com música regional brasileira e o modo como foi criada, arranjada e gravada é contemporâneo por natureza e carrega o espírito do nosso tempo. Os ritmos, melodias e harmonias evocam sentimentos e sonoridades familiares para qualquer brasileiro. É tudo muito natural e instintivo”, explicou.
Pertencer às águas é uma provocação e um convite feito de forma poética no espetáculo. A alusão à vida dentro e fora do Rio São Francisco, presente no trabalho, reforça a grandiosidade dessas águas que nascem em Minas e percorrem milhares de quilômetros pelo Brasil ajudando a contar histórias, alimentar imaginários e nutrir pessoas.
"A gente fala sobre os rios, mas fala sobre nós enquanto mineiros, seres humanos, uma população miscigenada. O São Francisco tem uma importância fundamental na formação desse país, então a gente está falando, acima de tudo, de Brasil", disse Alan Keller.
Do avesso
"O outro lado do rio" provoca o público a enxergar além da superfície, além das margens. Elementos cênicos, adereços e os figurinos de Marco Antônio Botelho vão ajudar o público a navegar por lendas como a de Iati, Carranca, Mãe d'água, Negro d'água e Pausa do Rio que aparecem no espetáculo.
"As pessoas conhecem um lado, aquele visível aos olhos de todos como as comunidades ribeirinhas, os conflitos, as questões ambientais, mas existe, no outro lado do rio, toda a história, a memória que não é vista, mas é contada pelo povo há anos, toda a parte folclórica do rio São Francisco", completou Alan.
Transpor obstáculos
Para Alan Keller, a obra conversa com a trajetória e as potencialidades do Impacto. Trabalhando pela primeira vez com o Grupo, ele destacou que o elenco tem "muita força expressiva, física e cênica" e lembrou que o repertório e as vivências do coletivo ajudam a dar consistência ao trabalho desafiador.
"Vejo o Impacto também como um grupo com força de rio. Capaz de atravessar um espaço, de se transportar para outros territórios, outros países. Além de ter a força de um estilo de dança que permanece e que traz a ancestralidade em seus movimentos".
O espetáculo do Grupo Impacto é parte do Projeto do Instituto ASAS - Manutenção dos corpos artísticos, executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio master da Metalsider e patrocínio de Mundi Center e Trigo Leve. Apoio Cultural Fundação Municipal de Cultura, Prefeitura de Belo Horizonte Realização do Instituto ASAS, Núcleo de Produções Culturais, Núcleo de Arte e Dança e Governo de Minas Gerais – Governo diferente, Estado eficiente.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Coreografia: Alan Keller
Direção geral e artística: Patrícia Lima e Lidiane Jacinto
Bailarinos: Adriano Ramos, Alex Leco, Cecília Silva, Cleison Lana, Felipe Gonzaga, Filipe Fil, Hellen Priscila, Isabela Miranda, Jean Carlo do Nascimento, Rafael Gregório, Rafael Tiko, Sávio Caetano.
Trilha original: Gabriel Canedo
Figurinos e adereços: Marco Antônio Botelho
Adereços: Zé das Máscaras
Cenografia: Alan Keller e Marco Antônio Botelho
Fotografia: Reyner Araújo
Assessoria de comunicação: Lílian Moura ]
Design Gráfico: Rita Márcia
Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais
Patrocínio: Metalsider, Mundi center e Trigo Leve
Apoio Cultural: Fundação Municipal de Cultura, Prefeitura de Belo Horizonte Produção Local: Herivelto Campos
Realização: Instituto ASAS, Núcleo de Produções Culturais, Núcleo de Arte e Dança.
Serviço: Espetáculo: O outro lado do rio – Grupo Impacto de Dança
Data e hora: 4/12 às 19h e 5/12 às 10h
Local: Teatro Raul Belém Machado - R. Jauá, 80 - Alípio de Melo, Belo Horizonte Classificação livre. Entrada gratuita
Foto: Reyner Araújo
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