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Lançamento do livro " Cronismo de Resistência" no sábado, dia 29 de novembro, na livraria Scriptum.

Livro analisa relação entre arte e política em textos de Carlos Heitor Cony contra o golpe militar de 1964, publicados no extinto jornal Correio da Manhã

 

Há exatos 50 anos – quando da eclosão do golpe militar de 1964 –, o escritor Carlos Heitor Cony escreveria uma série de 32 crônicas de oposição ao golpe militar que se instalara no Brasil. Desde os primeiros instantes do regime autoritário, o autor usaria seu privilegiado espaço como cronista do jornalCorreio da Manhã para se lançar ao front das acirradas batalhas políticas do período. No livroCRONISMO DE RESISTÊNCIA – Tensões narrativas entre jornalismo, história e literatura em crônicas de Carlos Heitor Cony contra o golpe militar de 1964 (Editora Prismas), a ser lançado no dia29 de novembro, às 11h30, na livraria Scriptum (rua Fernandes Tourinho, 99 – Savassi, o professor e pesquisador Maurício Guilherme Silva Jr. interpreta as estratégias narrativas do cronista carioca, cujo objetivo seria a ampliação da capacidade (estética) da crônica em promover a resistência ao movimento autoritário.

 

Com vistas à construção do perfil profissional, literário e intelectual de Cony, em Cronismo de resistência, Maurício Guilherme Silva Jr. realizou leituras críticas que vão além das 32 narrativas contrárias ao golpe, publicadas, de 2 de abril a 9 de junho de 1964, no Correio da Manhã,. Ao longo da pesquisa, foram analisadas cerca de 450 outras crônicas do autor carioca, muitas das quais reunidas nas coletâneas Da arte de falar mal(1963), Posto Seis (1965), Os anos mais antigos do passado (1998), O harém das bananeiras (1999), O suor e a lágrima (2002), O tudo e o nada (2004) e Eu aos pedaços: memórias (2010).

 

Com o mesmo propósito, o pesquisador recorreu à investigação do ensaio memorialístico A revolução dos caranguejos (2004). “A busca pelo esclarecimento das estratégias narrativas do escritor traduz-se na oportunidade para reflexão, mesmo que paralela, sobre as relações entre os acontecimentos sociopolíticos e a literatura brasileira pós-1964”, explica Maurício Silva Jr. Importante ressaltar, por fim, que as crônicas analisadas em Cronismo de resistência foram reunidas e publicadas pelo próprio Carlos Heitor Cony, ainda em 1964, no livroO ato e o fato.

 

O autor

Graduado em Jornalismo (1999), pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maurício Guilherme Silva Jr. é mestre e doutor em Estudos Literários (2004/2012), também pela UFMG, com pesquisas, respectivamente, sobre a poesia de José Paulo Paes e as crônicas de Carlos Heitor Cony. No momento, realiza pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG. Professor dos cursos de Jornalismo e Design de Moda do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), integra o Programa de Comunicação Científica e Tecnológica (PCCT) da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), onde, além de pesquisador, é editor da revista Minas Faz Ciência.

 

Participa, ainda, dos grupos de pesquisa Educomuni, do UniBH, Narrativas Midiáticas (Nami), da Universidade de Sorocaba, e SBPJor Narrativas – composto por pesquisadores de diversas instituições. De 2009 a 2010, foi professor substituto do Departamento de Comunicação Social da UFMG. De 1997 a 2007, também trabalhou como assessor da referida Universidade. Entre seus campos de pesquisa, além da relação entre jornalismo e literatura, destacam-se questões relativas à literatura brasileira (poesia, prosa e crônica), ao jornalismo científico, ao jornalismo cultural, à comunicação organizacional, à educomunicação e à interação entre processos comunicativos e expressões artísticas.

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