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Projeto social na Pedreira Prado Lopes amplia atendimento para 2014
A partir do ano que vem, o Instituto Pedra Viva, uma ONG que oferece atividades lúdicas e pedagógicas para crianças e adolescentes da regional noroeste de Belo Horizonte, começará a atender também aos meninos das comunidades vizinhas ao aglomerado Pedreira Prado Lopes. As inscrições estão abertas e serão disponibilizadas apenas 20 novas vagas para 2014.
Cerca de 30 meninas, com idades entre 9 e 16 anos, em situação de vulnerabilidade e risco social já têm acesso às atividades oferecidas pelo projeto: dança, teatro, música, artesanato, informática e reforço escolar. O trabalho, reconhecido na região ficou, inclusive, entre os 20 semifinalistas do prêmio Itaú-Unicef deste ano em Minas Gerais. A demanda foi só crescendo e, agora, os meninos que sempre tiveram interesse em participar do projeto terão esta oportunidade a partir do ano que vem.
Inscrições – Moradores da região como a Pedreira Prado Lopes, Vila Senhor dos Passos, Lagoinha, Bonfim, São Cristóvão, Concórdia dentre outros e que tiverem interesse em participar do Instituto Pedra Viva, podem se inscrever, de 8 às 11h30, no endereço da instituição – rua Itapecerica, 951 – Lagoinha/BH. Apenas é exigido que as crianças/adolescentes tenham idade de 9 a 16 anos e que estejam regularmente matriculados em escola pública estadual ou municipal.
Pedra Viva – O projeto começou a ser pensado em 2003, quando as coordenadoras da ONG trabalhavam em uma escola estadual da região e sentiram a necessidade de um trabalho na área da educação para apoiar as crianças. Assim, o Instituto Pedra Viva disponibiliza um espaço de convívio saudável. As atividades, organizadas e articuladas dentro do propósito sócio-pedagógico do trabalho, são oferecidas de 2ª a 6ª feira, em horário diferente das aulas escolares.
Mudanças – A socialização e a parte pedagógica são trabalhadas na instituição através da parceria com universidades. Assim, alunos de psicologia e pedagogia proporcionam atendimento psicológico e pedagógico responsável pela visível mudança ocorrida na vida das crianças desde que começaram a participar das atividades do Instituto Pedra Viva.
“Há muitas crianças da minha idade que já estão envolvidas com drogas e, aqui na ONG, participo de muitas coisas legais”, afirma V.U.P., 10 anos. Ela integra o grupo de dança de rua Anjos Urbanos, composto pelas crianças e adolescentes do projeto. E a dança é exatamente o que L.E.F., 10, mais gosta no Instituto Pedra Viva. A menina também aprendeu outras coisas na instituição. Ela conta que tinha muitas dificuldades na escola, não sabia ler direito, não conseguia decorar a tabuada e nem possuía conhecimentos básicos de informática. “A ONG me ensinou muito. As coordenadoras e professores pegam no nosso pé até aprendermos direito e isso é bom”, comemora.
K.A.C., 9 anos, é interessada nas aulas de artesanato. “Aprendi a costurar no Pedra Viva e também melhorei muito na escola. Eu não sabia tabuada e, agora, além de ser “A” em todas as matérias da escola, ainda ajudo minha mãe, que não chegou a concluir o ensino médio e tinha muita dificuldade em aprender a tabuada de multiplicação”, revela.
Quem prefere as aulas de música e dança do projeto é R.G.N., 9 anos. A menina sonha em ser cantora profissional. “Descobri que meu dom é cantar de tanto que as colegas da ONG me incentivaram”, destaca.
O.H.L.V. relata que, antes de vir para a ONG, brigava muito com as pessoas e, agora, está aprendendo a conviver com as colegas. “Aqui, participamos de muitas coisas legais: pintura, artesanato e informática. Porém, o que eu mais gosto é da companhia das pessoas. Para mim, a ONG significa união”, explica.
Doações – Para manter as atividades, o Instituto Pedra Viva conta com doações. Quem quiser doar alimentos, material de higiene e limpeza, ser voluntário, contribuir com qualquer quantia ou mesmo assumir o pagamento do aluguel da casa onde o Instituto Pedra Viva funciona, de alguma conta como a de água, luz, telefone ou internet pode entrar em contato com a ONG. De acordo com Nilce Faria Campos, uma das coordenadoras do projeto, a ONG funciona em casa alugada e é preciso também pagar as contas de água, telefone, luz, internet – utilizada nas aulas de informática. Todos os dias, é oferecido às crianças café da manhã, lanche e almoço. Além disso, é necessário pagar o salário dos professores, por isso, não fica barato manter a instituição.
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