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Artista nigeriana Folashade Ogunlade expõe em BH

Mostra apresenta trabalhos criados pela artista durante residência no Brasil, num projeto promovido pela parceria entre o Instituto de Arte e Cultura Yoruba e o Centro de Negócios, Cultura e Cooperação Nigéria-Brasil O Museu Inimá de Paula recebe a exposição Owiwi meji - dois olhares, uma identidade da artista plástica nigeriana Folashade Ogunlade, entre os dias 29 de novembro e 30 de janeiro. Ao todo são mais de 20 peças, entre esculturas e pinturas, que expressam as cores e formas da arte africana contemporânea e refletem as impressões de Folashade sobre o Brasil. Na instalação, a gelede (máscara em ioruba) é a ligação entre a cultura africana e brasileira. As máscaras aparecem tanto nos quadros em acrílico representando os olhares do Brasil em torno do desenvolvimento e da cultura afrodecendente, quanto na escultura como personificação de Oxumaré, que na essência das raízes ioruba é um elemento da natureza, trançado com tecidos e lãs coloridos. Nesse ambiente, a artista brinca com o paradoxo criado pela globalização. O individualismo e a intolerância versus pessoas cada vez mais conectadas e unidas com pontos em comum como a cultura num conceito que ela chama de harmonia social. Folashade Ogunlade é a primeira de uma série de artistas africanos que irão compartilhar seu trabalho com público belo-horizontino no processo de residência da Owiwi - Galeria de Arte Afrikana. O projeto é uma iniciativa do Instituto de Arte e Cultura Yoruba e Centro de Negócios, Cultura e Cooperação Nigéria-Brasil com o objetivo de possibilitar a percepção das diferentes manifestações da arte contemporânea africana e da diáspora, promovendo a capacitação de artistas e educadores para o ensino da arte como instrumento de conquista da cidadania. As obras da exposição foram produzidas no Brasil durante os meses de residência da artista. “Fazer minha arte no Brasil é me abrir para um mundo de possibilidades. As pessoas são coloridas e amigáveis, são povos que em muito em comum”, comenta. Além da exposição, a residência possibilitou o intercâmbio cultural entre a artista nigeriana e jovens, crianças e artistas de BH, por meio de cursos e oficinas que acontece desde outubro. Segundo o presidente do Instituto de Arte e Cultura Yoruba e do Centro de Negócios Nigéria-Brazil, Olusegun Michael Akinruli, o contato direto entre culturas tão similares, e ao mesmo tempo, tão diferentes, contribui para a formação de um cidadão critico, conseqüentemente, mais ciente de seu papel transformador da realidade. Algumas obras da exposição de Folashade farão parte do acervo permanente da Òwiwi – Galeria de Arte Afrikana, criada em setembro de 2011. O espaço recebe o trabalho de jovens artistas africanos enfatizando a troca de experiências artísticas baseadas, sobretudo, na educação e cultura como agentes transformadores da sociedade. FOLASHADE OGUNLADE Nascida em Kaduma, Nigéria, Folashade é graduada pelo Departamento de Artes Plásticas e Artes Aplicadas pela Ladoke Akintola University of Technology, na cidade de Ognomosho. Mesmo tendo estudado artes durante a infância, Folashade descobriu a sua vocação apenas na adolescência. Desde então, dedicou-se predominantemente à representação humana em tinta óleo e acrílica. Folashade familiarizou-se e aperfeiçoou-se na arte trabalhando alguns anos com Sam Ovraiti, um famoso artista plástico nigeriano. Sua preparação artística também passou pela convivência com outros nomes expressivos da arte nigeriana como Kolade Oshinowo, Adejumo Olusegun e Onabrakpeya. A artista já participou de exposições e festivais na Nigéria e em outros países africanos como Yaoundé, em Camarões, e Lomé, no Togo.

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