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Ensaio Aberto do monólogo “Marx baixou em mim - uma comédia indignada”

Marx pede para voltar à terra. Quer limpar seu nome. Está indignado com o que fizeram com sua teoria e com a crescente concentração de riqueza. Conta sua vida e suas dificuldades. Fala de amigos e família. Duração de 50 minutos.

Sinopse da Peça

Marx, no além, pede para descer à terra porque está indignado e quer limpar seu nome. Deturparam suas ideias. Com o triunfo do capitalismo, a riqueza, como ele previu, está cada vez mais concentrada nas mãos de poucos.

Na palestra que faz na terra, conta como foram difíceis os anos na Inglaterra, sem dinheiro, exilado no Soho, bairro pobre de Londres. Fala sobre sua família e seus amigos. Dois personagens o criticam. Bakunin, o anarquista, lhe diz: “o povo está se lixando para suas teorias, eles vão fazer a revolução a partir da barriga deles”. Jeny, sua mulher, completa: “esqueça seus leitores intelectuais, dirija-se aos trabalhadores. O Capital é demasiado detalhado, demasiado grande, é pesado. Seus leitores vão dormir”.

Sobre o Autor

Howard Zinn, historiador, autor, professor, dramaturgo e ativista político, nasceu em Nova York em 1922. Cresceu no Brooklyn numa família de imigrantes. Aos 18 anos trabalhou num estaleiro. Mais tarde, na Força Aérea Americana, voou em missões de bombardeio durante a Segunda Guerra. 

Essas experiências ajudaram a moldar sua oposição à guerra e sua crença na importância de conhecer História.

Ativista político, lutou contra o racismo e a guerra do Vietnã, entre outras causas. Sua saga está na autobiografia “Você não pode ficar neutro em um trem em movimento”.

Autor premiado de dezenas de artigos e livros, ficou conhecido pela obra People's History of the United States, ainda não lançada no Brasil. O livro, editado em 1980, foi sucesso de vendas: mais de dois milhões de exemplares

Zinn escreveu três peças: Daughter of Venus, Marx in Soho e Emma, essa última sobre a anarquista Emma Goldman.  Marx in Soho – que traduzimos como Marx baixou em mim – uma comédia indignada - foi escrita em 1999 e apresentada em países como Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, Suécia, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, Sérvia, Argentina , Costa Rica , Uruguai e Espanha. Por ocasião do falecimento de Zinn, em 2010, seu amigo Noam Chomsky escreveu: “O ativismo dedicado de Howard continuou, literalmente, sem interrupção (...), estava lá, na linha de frente, incansável em entusiasmo e inspirador em integridade, eloquência e discernimento, com um leve toque de humor em face da adversidade e da dedicação à não-violência. É difícil imaginar quantos jovens foram tocados, e quão profundamente, por suas realizações, tanto em seu trabalho como em sua vida”.


Foto: Rose Palhares

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