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Música de câmera da primeira época de ouro do violão

Oferecer um contato vivo entre o público, os músicos e as obras clássicas - essa é a proposta do Música de Câmara da Primeira Época de Ouro do Violão. Promovido pelo Fundo Estadual de Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, o projeto está percorrendo o interior de Minas Gerais com um virtuoso recital de violão e de cordas. Depois de passar por Varginha, Pouso Alegre, São João Del Rei e Uberlândia, sendo sucesso de público e crítica, no dia 28 de novembro, o recital acontece no Conservatório da UFMG, em Belo Horizonte, às 20h.

 

O termo música de câmara se refere à prática de música em pequenos conjuntos. Esta prática ganhou força no final do século XVIII e início do XIX, período em que pela primeira vez o violão se consolidou como instrumento de concerto nas principais capitais europeias – e quando seu enorme potencial para música doméstica o tornou figura central em saraus e reuniões familiares. Assim, além de ser dono de uma sólida tradição clássica, com um repertório histórico amplo e de obras profundas, o violão é também o grande anfitrião e mediador do projeto Música de Câmara: a convite do violonista Ricardo Marçal, os instrumentistas do quarteto de cordas Família Barros, trazem a harmonia e a musicalidade de sua casa para os palcos, sendo um dos destaques desta primeira edição do projeto.

 

Com a proposta de descentralizar e democratizar a música erudita, oferecendo apresentações de qualidade a cidades fora do circuito cultural tradicional de Belo Horizonte, o objetivo do projeto Música de Câmara da Primeira Época de Ouro do Violão é desmistificar uma certa formalidade em torno da música clássica, além de renovar o interesse das pessoas pela prática doméstica de música de câmara. Deste modo, alunos e professores dos conservatórios das cidades contempladas pelo projeto serão convidados a se tornarem protagonistas da difusão local da prática e vivência musical em família, em casa. “O papel do violão junto aos instrumentos de cordas é estratégico para estreitar os vínculos entre a prática cotidiana de música, o uso da música como elemento educativo e agregador da vida familiar, e a presença de um repertório de altíssima qualidade, mas moldado para ser usado no dia-a-dia pelo músico não-profissional”, afirma Marçal.

 

O recital

Com obras compostas para violão e cordas (violinos, viola e violoncelo), o recital traz em seu repertório alguns dos maiores compositores que se dedicaram a produzir obras para músicos amadores. Assim, serão apresentadas músicas de câmara com violão para saraus domésticos – a chamada Hausmusik, ou “música para casa”, “música doméstica” – típicos do imaginário do Biedermeier (fenômeno cultural de sensibilização para as artes da classe média centro-europeia, ocorrido aproximadamente entre 1815 e 1848).

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