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Cartilha sobre o 'samba chula' será lançada no Centro Cultural UFMG nesta terça

As especifidades de uma das menos conhecidas vertentes do samba serão discutidas amanhã, nesta terça-feira, 22 de novembro, quando o projeto Cena Aberta do Centro Cultural UFMG recebe o grupo Samba de Terreiro para o lançamento de A cartilha do samba chula. O evento tem início às 19h, com entrada gratuita.

O samba chula é um subgênero do samba tradicional do Recôncavo Baiano, de melodia mais complexa e extensa, no qual os cantores entoam as chulas, uma forma de poesia musicada, dominada por poucos mestres sambadores. Seus cantadores encontram apoio rítmico no pandeiro e harmônico nos toques da viola machete.

A mesa de debate contará com Katharina Doring, Tata Kamusende, Mestre Primo e Mestre Leu Alagbê, que apresentarão resultados de projetos, práticas e pesquisas desenvolvidos com lideranças de grupos da tradição oral e culturas negras e populares de Minas Gerais. Outra atração do evento é a roda de conversa sambística com os grupos Samba de Terreiro, Herança Ancestral, Samba da Meia Noite, Samba Monjo Encabulado e Afoxé Bandarerê.

Transmissão oral

A cartilha foi produzida com base nos saberes de transmissão oral dos cantadores de chula e tocadores de viola, em processo de ensino-aprendizagem gestado em oficinas realizadas em Salvador, Saubara, São Francisco do Conde, Terra Nova e Santo Amaro, durante os meses de maio, junho e julho de 2015.

O projeto, selecionado pela Natura Musical - Bahia 2014, realizou encontros cênico-musicais registrados em três modalidades: a viola machete, a chula cantada com pandeiro e o samba miudinho e prato-e-faca. O resultado do processo está materializado em dois CDs, um DVD e um livro, que reúnem informações, fotos, textos, depoimentos dos mestres e transcrições musicais.

A Cartilha do samba chula, projeto da Associação Sociocultural Umbigada, foi idealizada pela etnomusicóloga e educadora musical Katharina Doring, em parceria com a Associação dos Sambadores e Sambadeiras da Bahia (Asseba). “Minha intenção era aprofundar os mistérios da chula cantada, sua poesia, sotaques, melodia, microtonalidades, entonações e metáforas", relata a educadora.

 

Foto: Divulgação

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