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Mostra da Escola de Tecnologia da Cena do CEFART celebra os 55 anos da Fundação Clóvis Salgado com recriação de espetáculos emblemáticos
Trechos das óperas “A Flauta Mágica” e “Turandot” e dos espetáculos “Pássaro de Fogo” e “Pipiripau” serão apresentados no Teatro João Ceschiatti, com destaque para os trabalhos de iluminação, cenotecnia, sonoplastia e figurino
As óperas “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart, e “Turandot”, de Giacomo Puccini, o balé “O Pássaro de Fogo”, de Igor Stravinsky, e o espetáculo “PIPIRIPAU – O Presépio de Todos Nós”, baseado no trabalho idealizado em 1906 pelo artesão Raimundo Machado Azevedo (uma referência da cultura popular mineira), são algumas dentre muitas produções artísticas da Fundação Clóvis Salgado (FCS) em seus 55 anos. Elas foram as escolhidas para, no final deste ano de 2025, serem recriadas na mostra “Novas Perspectivas: histórias e bastidores”, da Escola de Tecnologia da Cena do CEFART, que celebra o aniversário da FCS. Nos dias 22 de novembro, às 20h, e 23 de novembro, às 19h, trechos dos espetáculos serão apresentados no Teatro João Ceschiatti, ressaltando o trabalho dos estudantes dos Cursos de Formação Inicial e Continuada em Figurino, Cenotecnia, Iluminação Cênica e Sonoplastia. A entrada é gratuita. Haverá intérprete de Libras nos dois dias.
A ópera “A Flauta Mágica” já foi apresentada quatro vezes no Palácio das Artes, em 1984, 1991, 2006 e 2022. Já “Turandot” foi montada uma vez, em 2004. “O Pássaro de Fogo”, por sua vez, foi encenado pela Cia de Dança Palácio das Artes em 1990. E o espetáculo “PIPIRIPAU – O Presépio de Todos Nós”, que contava a história do tradicional presépio mineiro e suas 586 figuras de madeira, ganhou vida quatro vezes, em 2000, 2004, 2009 e 2014, com interpretação dos estudantes de teatro, dança e música do Cefart (à época ainda chamado de “Cefar”). Os alunos e alunas da Escola de Tecnologia da Cena mergulharam nessa história nos meses de agosto e setembro de 2025, coletando informações junto à Diretoria Artística da Fundação Clóvis Salgado para conseguir recriar e reproduzir de forma fidedigna e criativa 1 cena de cada produção. Os espectadores poderão ver o resultado completo em cada um dos dois dias da mostra, quando, ao longo de 1 hora e 30 minutos, trechos dos espetáculos serão apresentados em sequência, envolvendo também estudantes das Escolas de Dança e Teatro.
A mostra “Novas Perspectivas: histórias e bastidores”, da Escola de Tecnologia da Cena do Cefart, é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo FrediZak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne mais de 50 equipamentos e empreendimentos criativos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro.
História que ensina — Para a elaboração dos figurinos e adereços e construção dos cenários e objetos de cena, todos feitos “do zero” – com base nos originais –, os estudantes e professores montaram uma oficina no Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado (CTPF), espaço destinado à confecção e salvaguarda do acervo oriundo das montagens artísticas da Fundação Clóvis Salgado e no qual também são oferecidas atividades de ensino aos alunos da Escola de Tecnologia da Cena. Os trabalhos começaram ainda em setembro, em paralelo à pesquisa histórica aprofundada sobre cada espetáculo, e duraram até meados do mês de novembro. A estudante Tarsila Harume, aluna do Curso de Cenotecnia, fala dos desafios de recriar produções tão emblemáticas para a história da Fundação Clóvis Salgado. “Tivemos que segmentar os 55 anos em décadas, pesquisar e ir afunilando até priorizar os aspectos principais do nosso curso, como direção de arte, complexidade de execução e montagem, tipologia e linguagem do espetáculo. Tudo isso influencia na quantidade de liberdade que teremos para recriar uma obra, respeitando o que já foi criado, mas ao mesmo tempo tendo a ousadia de transformar em algo novo. Além disso, a experiência prática de poder aplicar tudo o que aprendemos na teoria em um espetáculo real é algo único, empolgante, mas também muito trabalhoso. Quando vamos ao teatro assistir a uma ópera e nos deparamos com aquele cenário grandioso, não temos noção de como é complexo o processo e a quantidade de decisões que temos que tomar. E foi muito enriquecedor poder contar com toda essa bagagem da FCS para nos inspirar a chegar ao nível de produção dos espetáculos apresentados no Grande Teatro”, ressalta.
Mais de 50 estudantes e 13 professores compõem a equipe envolvida na mostra, um trabalho coletivo, criativo e diversificado que perpassa todas as etapas dos bastidores da produção cênica, dando aos discentes a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo do primeiro semestre de 2025. O professor Elton Edvik explica que o figurino é muito mais do que uma simples vestimenta dentro de uma produção teatral. “Ele é uma ferramenta narrativa silenciosa e poderosa. Antes do ator proferir a primeira fala, a roupa que ele veste – ou a ausência dela – comunica ao público a sua época, classe social, personalidade e estado emocional. Ele constrói o universo visual da peça, auxiliando na imersão do público. Em essência, o figurino é a pele do personagem. Um elemento fundamental que dá corpo, cor e verdade ao mundo imaginado no palco. E o figurinista, um dos artistas visuais da cena. A turma de Figurino escolheu a ópera ‘Turandot’, na qual é possível colocar em prática diversos aspectos da produção de figurinos trabalhado em sala de aula durante o curso: concepção da ideia, pesquisa histórica, desenho e prototipagem dos trajes, escolha de cores, texturas e formatos, busca em acervo, montagem de personagens e confecção de peças e adereços. A ópera permite que os profissionais explorem o processo criativo e as infinitas possibilidades de executá-la”, destaca o professor do Curso de Figurino.
CEFART – O Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado, é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo das artes e em tecnologias do espetáculo. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes. Diversas gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 40 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais. São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso à formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Básicos, de Extensão e Complementares, com grande repercussão social.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete, entre outros diversos equipamentos. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Mostra “Novas Perspectivas: histórias e bastidores”
Datas: 22 e 23 de novembro (sábado e domingo)
Horários: 20h (dia 22) e 19h (dia 23)
Local: Teatro João Ceschiatti – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte)
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita; 50% dos ingressos estarão disponíveis, de forma on-line, no site da Eventim; o restante será distribuído presencialmente na bilheteria do Palácio das Artes, 1 hora antes de cada apresentação.
Foto: Paulo Lacerda
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