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Filarmônica de Minas Gerais abre exposição no aeroporto internacional de BH

De novembro a janeiro, quem passar pelo aeroporto, indo ou vindo, acolhendo ou despedindo-se, terá um contato mais próximo com a música clássica

O Instituto Cultural Filarmônica e o BH Airport instalaram no Terminal de Passageiros 1, na entrada principal do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, a exposição Música sem mistério, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Essa exposição é fruto do entendimento das duas instituições sobre a importância da divulgação da música clássica junto a todos os públicos. Até o dia 31 de janeiro de 2016 as pessoas que passarem pelo aeroporto de Confins terão a oportunidade de assistir a vídeos, ver fotos e ler sobre música orquestral em um formato diferente das salas de concertos. A abertura oficial da exposição acontece no dia 23 de novembro, segunda-feira, às 17h.

 

Além da mostra, que é uma realização do Instituto Cultural Filarmônica e do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, serão apresentados dois concertos camerísticos que integram a programação do 2º Festival de Luz e Música, realizado pela BH Airport. No dia 23 de novembro, às 18h, o Grupo de Percussão da Filarmônica apresentará um repertório que incluiMusic for Pieces of Wood, de Steve Reich; Núcleo, de Leonardo Gorosito eRafael Alberto; Cage, de Fernando Iazzetta; Jogo de Pandeiro, de Leonardo Gorosito e Rafael Alberto; Invenções a duas vozes, de J. S. Bach; Carrossel, deDavid Friedman e Dave Samuels; Incipit Vita Nova, de Sérgio Aluotto; eEntrando pelos Canos e Música para Caçarolas, de Hermeto Pascoal.

 

Já no dia 14 de dezembro, às 17h, será a vez do Quinteto de Metais. No repertório, Start!, de Jean-François Michel; Canzon 1, “La Spiritata”, Canzon 2 e Canzon 4, de Giovanni Gabrieli e arranjo de Ludwig Wicki; O conto do Czar Saltan: O voo do besouro, de Nikolai Rimsky-Korsakov e arranjo de Howard Cable; Le Petit Ne?gre, de Claude Debussy e arranjo de Jean-Franc?ois Taillard;Humoresque, op. 101, nº 7, de Antonín Dvorák e arranjo de Chris Hazell;Liebesleid, de Fritz Kreisler e arranjo de Rudolf Korp e Erik Hainzl; e a Suíte deWest Side Story, de Leonard Bernstein e arranjo de Jack Gale. Com esses concertos, a Filarmônica possibilita um contato mais intenso do público com a diversidade de timbres dos instrumentos de uma orquestra.

 

"Com esta iniciativa, queremos tornar ainda mais agradável a experiência de viajar para os passageiros que passam pelo Terminal e transformar o aeroporto em uma nova opção de lazer e cultura para a comunidade dos municípios localizados no seu entorno", afirma o diretor presidente da BH Airport, Paulo Rangel.

 

Quebrando tabus

Há uma falsa ideia de que a música orquestral é uma arte para iniciados. Que é preciso entender para gostar. De acordo com o diretor artístico e regente titular Fabio Mechetti, “a história da Orquestra Filarmônica comprova o contrário. A cada apresentação, a Filarmônica se encontra com públicos cada vez maiores e diversificados. Muitas vezes, grande parte das pessoas da plateia assiste a uma orquestra pela primeira vez. E se apaixona, quer mais.”

 

Se, por um lado, a música não exige nenhum conhecimento prévio para tocar as pessoas, por outro é inegável que, quanto mais oportunidades existem para conhecê-la, mais interessante ela se torna. E assim, nos dez painéis expositivos, o público poderá conhecer um pouco sobre Beethoven, exemplo de autossuperação e de entrega determinada ao cumprimento da missão da qual acreditava estar investido: a de ser, pela música, testemunha da humanidade. A Sala Minas Gerais, sede da Orquestra Filarmônica e construída especificamente para a música sinfônica, é apresentada por pessoas do público que compareceu ao concerto de abertura, realizado em 28 de fevereiro de 2015, quando foi interpretada a Sinfonia nº 2 em dó menor, "Ressurreição", de Gustav Mahler.

 

Para revelar os instrumentos que compõem uma orquestra, uma narrativa enlaça cinco obras musicais: Guia Orquestral para Jovens, de Benjamin Britten; Serenata para cordas em Dó maior, de Piotr Ilitch Tchaikovsky; Pequena Sinfonia, de Charles Gounod; Fanfarra para um homem comum, de Aaron Copland, e Batuque, de Lorenzo Fernandez. A música de câmara é mostrada em vídeos com o Quarteto de Cordas, o Quinteto de Metais, o Grupo de Percussão e o Quinteto de Sopros. Para introduzir uma noção da arquitetura da música, dois vídeos exploram as formas musicais poema sinfônico e choro.

 

Orquestra e sociedade

Minas Gerais tem entendido Cultura como processo contínuo de educação e aprimoramento do ser humano para a transformação da sociedade em algo melhor do que é e, de certo modo, uma orquestra é uma metáfora da sociedade, como um microcosmo da sua dinâmica. Para Fabio Mechetti, isso faz todo o sentido porque a mesma pluralidade de pessoas que compõe uma sociedade também compõe uma orquestra. “Em ambos os universos, papéis individuais são desempenhados em benefício do todo. Na Filarmônica, entendemos que uma orquestra de excelência pode contribuir muito para esse processo. Em uma orquestra de excelência, aprendemos e vivenciamos arte como prática reveladora de nós mesmos, músicos, técnicos e público. Reconhecemos nossa interdependência como pessoas que vivem e fazem a história”, conclui.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Hoje em sua sede própria, a Sala Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica foi criada em 2008, com o intuito de inserir Minas nos circuitos nacional e internacional da música orquestral. Formada por 94 músicos, vindos do Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, e sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra rapidamente alcançou reconhecimento do público e da crítica especializada. Administrada pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a Filarmônica mantém sua estrutura artística e executa sua vigorosa programação por meio de recursos públicos e privados, auditados anualmente para validar sua gestão.

Foto: Eugenio Savio

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