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Nova exposição do MHAB tem como tema o espaço público

A Fundação Municipal de Cultura abre ao público na próxima quarta-feira, dia 27, a nova exposição do Museu Histórico Abílio Barreto: “O Museu e a Cidade sem Fim”. No ano em que o MHAB completa 70 anos de existência, é necessário refletir sobre um tema que, ao longo desse tempo, adentrou a própria instituição: o espaço público. A mostra abordará os seus usos e apropriações, entendendo que é nesse local que a vida de uma cidade ganha visibilidade. A mostra tem entrada gratuita e pode ser visitada às terças, sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h, quartas e quintas, das 10h às 21h.

 

O espaço público - praças, parques e ruas das cidades - se constitui como algo de valor, uma positividade. É nele que se tem a experiência, tipicamente moderna, com a diversidade dos tipos sociais, a imprevisibilidade dos encontros fortuitos, as manifestações artísticas, religiosas, culturais e políticas, em crescente visibilidade. Essa dimensão democrática, cívica e libertária, o faz ser um valor para os habitantes das cidades. No entanto, o encontro com o outro não é frequentemente harmônico e desprovido de conflito, de relações hierárquicas e de poder. Ainda que deixe em suspenso algumas hierarquias, ele não as elimina. Esse espaço de confrontos e de exposição às diferenças é também o lugar da manifestação de identidades, de forças unificadoras e dissociadoras.

 

Composta de fotografias, objetos, vídeos, áudios e mapas, a exposição exibirá acervo do Museu e de terceiros, delimitado a partir de pesquisa histórica realizada pela equipe técnica do MHAB, com apoio do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH). Seis temas foram escolhidos para expressar a diversidade social, espacial e cultural da cidade desde a década de 1940 aos dias atuais: trabalho, lazer/sociabilidade, festas/religião, arte, política e natureza.

 

“O Museu e a Cidade sem Fim”, exposição que comemora os 70 anos do MHAB, remete a uma tensão própria à natureza das cidades modernas emolduradas na veloz transformação que as envolve. Também está ligada à função dos museus de preservar documentos e objetos postos em temporalidades diversas. Sem fim refere-se a algo que não pode ser contido no espaço e no tempo. Sem fim também é a cidade das múltiplas experiências, possuidora de uma diversidade dificilmente captada por representações totalizantes.

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