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Pedro de Morais apresenta a Exposição de fotografias - Os Amigos de Meu Pai em BH
“... Amai amigos meus! Amai em tempo integral, nunca sacrificando ao exercício de outros deveres, este, sagrado, do amor. Amai e bebei uísque. Não digo que bebais em quantidades federais, mas quatro, cinco uísques por dia nunca fizeram mal a ninguém. Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido. Mas sobretudo não morrais, amigos meus!”. No texto “Amigos Meus”, Vinícius de Moraes fala sobre o medo de perder os amigos. Desde que foi escrito, muitos deles se foram, inclusive o próprio autor, mas estão eternizados pelas lentes de seu filho, Pedro de Moraes. A exposição “Os amigos do meu pai” chega a Belo Horizonte no dia 22 de novembro, após curta temporada no Rio de Janeiro. Pedro de Moraes escolheu a Galeria Murilo Castro especialmente para trazer seu trabalho à capital mineira. “Tenho um relacionamento de grande amizade há muitos anos com o Pedro e a Galeria está muito honrada com essa mostra tão importante de momentos históricos da música e das relações de amizade do Vinícius. A exposição vem sendo discutida há mais de cinco anos e finalmente chegamos a um formato final. Estou muito feliz e gostaria de aproveitar o gancho para também homenagear os meus amigos de toda essa jornada”, conta Murilo Castro, proprietário da galeria. Serão cerca de 30 fotografias de amigos e de encontros de Vinícius de Moraes com grandes nomes da música, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim, Gilberto Gil, Pixinguinha, Cartola, Edu Lobo, Maria Bethânia, Nara Leão, Ismael Silva, Baden Powel, entre muitos outros. A mostra abre também as comemorações do centenário do poeta, que completaria 100 anos em 2013. "A relação mais intensa que eu tive com meu pai, Vinícius, se deu, principalmente, na minha primeira juventude, quando ele veio morar definitivamente no Brasil. Éramos muito próximos e eu o admirava muito e sempre o acompanhava em suas andanças pela boemia carioca, no período mais fértil da Bossa Nova. Por isso, conheci pessoas maravilhosas e tive o privilégio da amizade de muitos desses artistas”, conta Pedro. Momentos de intimidade, confraternizações e até mesmo apresentações das pessoas mais próximas ao compositor foram retratadas pelo talentoso fotógrafo, cuja carreira começou cedo, aos 12 anos, quando ganhou sua primeira câmera, uma Leica, do pai. “Desde cedo, ainda na minha adolescência, Vinícius foi um grande incentivador da minha escolha pela fotografia e pelo cinema, principalmente, depois que numa bebedeira decidi cantar uma canção do Frank Sinatra para ele me ouvir. Ao final da cantoria, ele me disse: ‘Filhinho, me poupe desta desafinação’. A intensa saudade deste pai amigo me deu a ideia de homenageá-lo e também aos seus parceiros e amigos por mim fotografados", explica. Sobre Pedro de Moraes Pedro de Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 1942. Autodidata, aos 12 anos iniciou sua carreira frequentando o estúdio fotográfico dos irmãos José e Humberto Franceschi. Como fotógrafo freelancer trabalhou para publicidade, arquitetura, foto industrial, moda, jornalismo e cinema. Sua fotografia foi muito influenciada por fotógrafos como Henry Cartier Bresson, Robert Capa, Man Ray, Robert Doisneau, Richard Avedon entre outros do período e pós-período da Segunda Guerra Mundial. Foi também militante fotográfico durante a ditadura militar no Brasil. Já realizou mais de 15 exposições, participou da publicação de livros e trabalhou como diretor de fotografia de diversas produções para o cinema. Site: http://www.murilocastro.com.br
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