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Filarmônica de Minas Gerais recebe o regente Norte-Americano Carl St. Clair e apresenta solo da trompista principal da orquestra, Alma Maria Liebrecht

Confira a programação

O regente norte-americano Carl St. Clair volta aos palcos da Sala Minas Gerais para conduzir a Filarmônica de Minas Gerais nos dias 20 e 21 de novembro, às 20h30. A trompista principal da Orquestra, Alma Maria Liebrecht, executa o virtuosístico Concerto para trompa, na celebração dos 150 anos de nascimento de Glière. Ainda no programa das duas noites, Alone Together, de John Wineglass, e a Sinfonia nº 5 de Prokofiev. O compositor norte-americano John Wineglass, que consolidou sua carreira como autor de trilhas sonoras para programas de TV antes de se dedicar com mais exclusividade à música de concerto, estará presente nos ensaios e concertos da Orquestra. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Apoio Cultural: Inter. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Carl St. Clair, regente convidado

Completando 35 anos como Diretor Musical da Pacific Symphony em 2025, Carl St. Clair é responsável por transformar esta orquestra em um dos principais conjuntos sinfônicos dos Estados Unidos. Em 2018, conduziu a Pacific Symphony em sua estreia no Carnegie Hall e em sua primeira turnê pela China. Paralelamente, atuou como Diretor Musical Geral da Komische Oper de Berlim (2008-2010) e da Orquestra Estatal de Weimar (2005-2008). Em 2014, foi nomeado Regente Honorário vitalício pela Sinfônica de Wuppertal, também na Alemanha. Entre 2013 e 2023, atuou ainda como Diretor Musical da Sinfônica Nacional da Costa Rica. Ao longo da carreira, St. Clair se apresentou com orquestras de todo o mundo, incluindo as maiores orquestras norte-americanas, como a Filarmônica de Nova York, a Orquestra da Filadélfia, a Filarmônica de Los Angeles, a Sinfônica de San Francisco e a Sinfônica de Boston – nesta última, como regente assistente de Seiji Ozawa.

Alma Maria Liebrecht, trompa principal da Filarmônica de Minas Gerais

Alma Maria Liebrecht é a trompista principal da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2013. Nascida em Maryland, nos Estados Unidos, iniciou seus estudos musicais aos seis anos, no violino. Aos doze, começou as aulas de trompa, sob orientação de Olivia Gutoff. Estudou com Jerome Ashby no Curtis Institute of Music e com William Purvis na Escola de Música da Universidade de Yale, onde concluiu seu mestrado, em 2008. Participou do Festival de Música do Pacífico, no Japão, onde estudou com Günter Högner e Wolfgang Tomböck, ambos da Filarmônica de Viena. Entre 2008 e 2010, Alma foi bolsista do Ensemble ACJW do Carnegie Hall. Como freelancer, apresentou-se com a Orquestra de Câmara Orpheus, as sinfônicas de Princeton e Delaware, o Talea Ensemble e o Argento New Music Project, entre outros. Em 2011, atuou como Trompista Principal Convidada da Sinfonietta de Hong Kong.

Repertório

John Wineglass (Whashington, DC, Estados Unidos, 1973) e a obra Alone Together (2020).

Com um trabalho que busca inspiração no divino e no natural, mas também é profundamente sensível às questões sociais de seu tempo, o compositor norte-americano John Wineglass consolidou sua carreira como autor de trilhas sonoras para programas de TV antes de se dedicar com mais exclusividade à música de concerto. Sua produção recente assume um nítido engajamento político, confrontando o racismo e as injustiças perpetradas historicamente contra a população negra dos Estados Unidos. Ora pelo lamento, ora pelo tributo, a música de Wineglass convoca a atenção do ouvinte para o que lhe é mais urgente e doloroso, mas também oferece, na maioria dos casos, um feixe de esperança rumo a dias melhores.

Alone Together não foge à regra. Composta em 2021, durante o contexto de isolamento social decorrente das ações de combate à pandemia de Covid-19, a obra reflete, estrutural e emocionalmente, as particularidades daqueles “Estranhos tempos pandêmicos" (título de seu primeiro movimento). Orquestrada para percussão, harpa e cordas – ou seja, sem os instrumentos de sopro –, ela abre de modo atordoado, com mudanças constantes de tonalidade, causando a sensação de desestabilidade. Ao final, já no segundo movimento, encontramos um respiro, uma mensagem de que podemos sair da situação catastrófica mais fortes e unidos.

Fruto de uma comissão conjunta da Orquestra de Câmara de San Jose, da Filarmônica de Fresno, da Pacific Symphony e da Sinfônica de Monterey, Alone Together foi estreada em 25 de maio de 2021, em um concerto virtual realizado pela Pacific Symphony, sob a regência de Carl St. Clair. A data marca o primeiro aniversário de morte de George Floyd, homem negro assassinado violentamente durante uma abordagem policial nos Estados Unidos.

Reinhold Glière (Kiev, Ucrânia, 1875 – Moscou, Rússia, 1956) e a Concerto para trompa em Si bemol maior, op. 91 (1950)

Herdeiro direto da tradição romântica de Tchaikovsky, Borodin e Glazunov, Reinhold Glière foi um dos mais aclamados compositores russos da primeira metade do século XX, tendo recebido as principais honrarias artísticas do Comitê Central soviético. Nascido em Kiev, foi professor no Conservatório de Moscou e escreveu mais de 500 obras, a grande maioria pouco conhecida no Ocidente. Seus balés A Papoula Vermelha (1927) e O Cavaleiro de Bronze (1948) são considerados marcos fundamentais da escola de dança soviética, e muitas de suas partituras demonstram um apreço pela música folclórica do Leste Europeu e da Ásia Central, como a ópera Shakh-Senem (1934).

O Concerto para trompa foi escrito por Glière já na maturidade, em 1950, e segue uma tendência do compositor de se dedicar a instrumentos que nem sempre ocupam o papel de solista diante da orquestra – ele também compôs concertos para harpa e para voz soprano coloratura. A obra nasceu de um pedido de Valery Polekh, ilustre trompista do Teatro Bolshoi, a quem a partitura é dedicada.

No que concerne à forma e à duração, o Concerto é bastante tradicional e, justamente por isso, funciona como uma excelente demonstração do escopo musical da trompa moderna. Seus temas enérgicos pedem grande expressividade do solista, que tem aqui a oportunidade de demonstrar todo o seu domínio do instrumento, especialmente na longa cadência do primeiro movimento, escrita pelo próprio Polekh. Ao longo da obra, podemos notar também o lirismo herdado por Glière dos grandes mestres do romantismo russo, elegantemente aplicado ao Concerto. O encerramento se dá com um rondó à moda eslava, no qual a trompa brilha em definitivo, alternando momentos de técnica veloz com a condução de belas melodias.

Sergei Prokofiev (Sontsovka, Império Russo, hoje Ucrânia, 1891 – Moscou, Rússia, 1953) e a Sinfonia nº 5 em Si bemol maior, op. 100 (1944)

Das sete sinfonias escritas por Prokofiev, a Primeira e a Quinta são as mais populares. A Sinfonia nº 5, composta em 1944, foi estreada em Moscou, a 13 de janeiro de 1945, sob a regência do próprio compositor. Segundo Sviatoslav Richter, pianista russo que a assistira na ocasião, a obra demonstrava um estado de plena maturidade interior, como se Prokofiev olhasse “do alto para a própria vida e para tudo o que aconteceu”. De fato, a Quinta marcava um momento importante para o seu criador: era o seu retorno ao gênero sinfônico depois de 16 anos, e a primeira sinfonia que escrevia em sua terra natal desde a Primeira, datada de 1917.

Quando Prokofiev voltou por definitivo à União Soviética, em 1936, após quase duas décadas vivendo no estrangeiro, viu seu estilo de composição sofrer uma transformação considerável, passando a se inspirar cada vez mais na força melódica autêntica do seu país. “O ar forasteiro não se casa com a minha inspiração, porque eu sou russo, e a coisa pior para um homem como eu é viver no exílio”. Esse regresso se desdobrou, assim, em um retorno às raízes musicais de sua juventude, na qual demonstrara amar profundamente a música do período Clássico, que tomava como exemplo de clareza e sofisticação.

Simples, sem ser simplista, a Quinta Sinfonia demonstra perfeitamente essa nova fase de Prokofiev, pelo predomínio do elemento melódico, pela transparência na orquestração e pela nitidez da forma. Se os movimentos lentos – o primeiro, “Andante”, e o terceiro, “Adágio” – se vestem de uma ternura elegíaca e de introspecção, os allegros que definem os outros dois movimentos refletem o puro humor advindo de Haydn. Desse contraste, sem dores nem tristezas, nasceu uma das obras mais célebres da música soviética, definida pelo compositor como o “canto ao homem livre e feliz, à sua força, à sua generosidade e à pureza de sua alma”.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Allegro

20 de novembro – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Vivace

21 de novembro – 20h30

Sala Minas Gerais

Carl St. Clair, regente convidado

Alma Maria Liebrecht, trompa

J. WINEGLASS Alone Together

GLIÈRE Concerto para trompa em Si bemol maior, op. 91

PROKOFIEV Sinfonia nº 5 em Si bemol maior, op. 100

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa

Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos prêmios e menções, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2024 na categoria CD/DVD/Livros, com o álbum com obras de Lorenzo Fernandez. A Orquestra já havia recebido Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 19 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Foto:Vern Evans

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