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A Fundação Municipal de Cultura recebe a exposição “Imagens da quebrada”, composta por 108 fotografias feita por jovens moradores do aglomerado da Serra. Promovida em parceria com a PUC Minas, a exposição traz os resultados dos trabalhos realizados nas oficinas de fotografia realizada como um projeto de pesquisa, inserido no projeto de extensão Lages. A proposta da oficina era sensibilizar o olhar dos participantes quanto ao território que vivem reconhecendo as manifestações culturais, os equipamentos públicos da comunidade e desconstruir a visão negativa da própria comunidade, aumentando a circulação dos jovens no aglomerado. A exposição é gratuita e pode ser vista no Centro Cultural Vila Fátima (CCVF) até o dia 28 de novembro, de terça a sexta, das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 13h.

De acordo com a jornalista e coordenadora da oficina de fotografia, Simone Moura, os jovens não tem o costume de circular as comunidades vizinhas as suas devido a uma visão negativa do aglomerado, proveniente principalmente dos meios de comunicação de massa. “Um dos principais objetivos da atividade é ressignificar a imagem do Aglomerado da Serra. Nesse sentido a produção fotográfica é utilizada como uma forma de valorização dos espaços como patrimônio da comunidade, de forma que os jovens possam identificar as potências da diversidade ali existentes, a memória e a identidade do aglomerado” afirma Simone Moura.

A exposição é composta por fotos feitas pelos 15 participantes da oficina, jovens entre 13 e 17 anos, moradores das vilas do Aglomerado da Serra, e imagens feitas pela coordenadora durante a atividade. O nome “Imagens da quebrada” faz uma referência a forma como os jovens costumam se referir ás suas comunidades. As oficinas de fotografia aconteciam desde março deste ano e tem com parceiros locais como a Escola Estadual José Mendes Júnior, a Vila Conceição, o CRAS Vila Marçola, o programa Fica Vivo Serra, o CCVF e o Coletivo Oficina Mídia.

O Projeto Lajes é um projeto de extensão da PUC Minas desenvolvido junto aos cursos de antropologia e arquitetura além de áreas afins. De acordo com a coordenadora geral do projeto, Denise Pirani ele “tem o objetivo de ocupar as lajes para diversas atividades como brinquedos e brincadeiras, mapas simbólicos, bazares, agricultura, cinema e também a fotografia”.  Depois de passar pelo Centro Cultural Vila Fátima, a exposição será montada na PUC Minas do Coração Eucarístico, e em 2016 irá circular nos demais centros culturais da cidade.

Foto: Eduardo Gontijo