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Casa do Baile recebe o 2° BH Humor

Minas Gerais é reconhecida por suas montanhas, pela culinária e por grandes nomes que nasceram em suas terras. Esse estado, de tantas varieades, já está ganhando tradição em mais uma área: o humor gráfico. Daqui sairam cartunistas do naipe de Borjalo, Ziraldo, Henfil, Nani, Aroeira, Caulos e Zélio direto para o cenário nacional e internacional. Os Salões de Humor mundo a fora são o grande palco para que esses profissionais realizem sua mágica, tranformando arte em conhecimento, pois fazer alguém refletir por meio do riso não é para qualquer um. Pensando nisso a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e em parceria com a Cartuminas realizam o 2° BH Humor, com entrada gratuita, que reune experientes e novos cartunistas. Dessa forma, Belo Horizonte passa a fazer parte do calendário mundial de eventos sobre a arte do cartum, por meio desse importante Salão Internacional de Humor Gráfico de Belo Horizonte, que nesta edição escolheu um tema presente no dia-a-dia de todos: “transporte e trânsto”. A decisão por esse assunto para o concurso justifica-se pela sua abrangência, uma vez que todos os países do mundo têm pela frente o desafio de lidar com o transporte e trânsito nas cidades. A reflexão começa pelo cotidiano, abrindo um leque de opções criativas para a produção de bons cartuns e caricaturas. O evento tem entrada gratuita e vai de 17 de novembro a 12 de dezembro, na Casa do Baile, que fica na Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha. As inscrições para o 2° BH Humor foram encerradas no dia 10 de novembro, totalizando aproximadamente 1.400 trabalhos, procedentes de e mais de 30 países. Isso quer dizer que começa agora as expectativas pelo resultado e a espera pela premiação, que acontece nessa quarta-feira, dia 17, às 20h, na Casa do Baile. Como forma de reconhecimento, além de troféu, o BH Humor oferece prêmios aos três primeiros lugares de cada categoria, sendo R$ 10 mil o maior valor recebido. Para as três categorias, que são Caricatura, Cartum e Prêmio Escola, o júri analisa a criatividade, originalidade e relação com o tema. Dessa forma, serão selecionados nove premiados e um mínimo de 100 obras para a exposição. E já na abertura do evento, os visitantes podem conhecer os melhores trabalhos. Nomes de peso no cenário nacional e internacional já confirmaram participação, como o premiado cartunista cubano-mexicano Angel Boligán e os brasileiros Chico Marinho, Lelis, Lor, Márcio Leite e Maurício Ricardo. A escolha pelo mesmo espaço onde aconteceu o 1° BH Humor, um dos principais cartões-postais da cidade, é uma forma de homenagear a obra de Niemeyer. O público que comparecer vai ter a chance de presenciar um evento diversificado, que mostra as variadas faces do humor gráfico. Toda a programação é gratuita, com atrativos que vão desde um bate-papo com o premiado cartunista Angel Boligàn a uma oficina de cartum com os conhecidos Duke, Lute e Dum. Isso inclui uma boa conversa com o chargista Maurício Ricardo e uma mesa-redonda sobre transporte e trânsito. Essas são as principais atividades do 2° BH Humor, que ressalta a arte dos cartuns e caricaturas, valorizando suas funções sociais e culturais, além de sua linguagem. E o grande homenageado do evento é o cartunista Mangabeira, conhecido pela criação dos mascotes dos times mineiros e do canarinho da seleção brasileira. O 2° BH Humor vem dar continuidade à 1° edição, realizada ano passado e que foi contemplado por mais de 25 mil pessoas, além de ter recebido mais de 1000 trabalhos inscritos de 46 países. E se em 2009 o evento declarou guerra ao “lixo”, tema central dos cartuns, este ano as atividade ficam por conta de uma educação e reflexão sobre transporte e trânsito. Para mais informação existem quatro opções: o site (www.bhhumor.com), o twitter (@bhhumor), o facebook (/BHHUMOR) e o telefone (31) 3222-0113. Programação 2º BH Humor 18 de novembro / 19h – Bate-papo com o cartunista cubano-mexicano Angel Boligàn 19 de novembro / 19h – Mesa redonda “Transporte e Trânsito” 20 de novembro / 10h30 às 11h30 – Oficina de Cartum – Duke, Lute e Dum 28 de novembro / 11h – Bate-papo com Maurício Ricardo Abertura do Salão 17 de novembro / 20h – Casa do Baile – Pampulha Entrega Prêmio Escola 26 de novembro / 15h – Casa do Baile – Pampulha Homenageado Fernando Pieruccetti nasceu em Belo Horizonte, no dia 20 de outubro de 1910. Sua família, de origem italiana, estabeleceu-se em Ouro Preto, pouco depois do seu nascimento. Mas voltou para BH mais tarde para estudar. Concluído o curso secundário, interrompeu os estudos para dedicar-se inteiramente à ilustração e à caricatura para jornais e revistas. Anos depois, concluiu o curso de Filosofia, na UFMG. Como professor, lecionou todas as modalidades de desenho, em vários estabelecimentos da capital. Entretanto, foi no Ginásio Mineiro (atualmente E.E. “Governador Milton Campos” Estadual Central) que se firmou como professor de desenho. Tornou-se um dos fundadores do Colégio Municipal. Nesses dois estabelecimentos permaneceu até se aposentar, encerrando sua carreira no magistério. Como artista, considerava-se um autodidata. Por volta dos cinco anos, como toda criança, começou a desenhar assuntos peculiares à idade, colorindo seus rabiscos, como costumava dizer, com lápis de cor ou aquarela. Aos sete, reproduzia de memória, figuras de caubóis e outros heróis do cinema, como Tom Mix, William Farnum, Carlito. Mas foi em Itajubá, no Instituto Dom Bosco, que encontrou o seu primeiro mestre e incentivador: Luiz Teixeira. Fernando aprendeu a fazer cópias do natural, de tudo que estivesse ao alcance de sua vista. A primeira tentativa em jornais foi em 1929, aos dezenove anos de idade. Aos 23 anos, ingressou na Folha de Minas, onde exerceu grande parte de sua carreira como desenhista, responsável pelas ilustrações. Trabalhou também no Diário da Tarde e para as revistas Montanhesa, Belo Horizonte, Alterosa e Vida de Minas. Em 1931, começou a trabalhar no Estado de Minas. Expôs em 1936, no primeiro salão oficial da Prefeitura - mostra Bar Brasil - os quadros Miséria e Os jornaleiros. Foi, no entanto, a atividade de chargista, criador dos símbolos do futebol, sob o pseudônimo de Mangabeira, que lhe deu maior popularidade.

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