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No Dia Mundial do AVC, especialista orienta sobre os sinais de alerta do AVC e destaca a importância da ação nas primeiras horas
Rosto caído, fala enrolada, braço fraco: reconhecer os sinais do AVC pode prevenir mortes e sequelas.
No Dia Mundial do AVC, especialista orienta sobre os sinais de alerta do AVC e destaca a importância da ação nas primeiras horas
Segundo a Organização Mundial da Saúde o Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é a segunda principal causa de morte no mundo e a principal responsável por incapacidades permanentes. No Brasil, os números também são alarmantes. De acordo o Portal da Transparência do Centro de Registro Civil em 2024, foram registrados 84.878 óbitos decorrentes do AVC.
Para combater esses dados e enfatizar que tempo é cérebro no tratamento do AVC, o cirurgião vascular Dr. Josualdo Euzébio reforça a urgência do reconhecimento e da resposta rápida. “Quando falamos de AVC, a velocidade é tudo. Infelizmente, muitas pessoas perdem tempo precioso esperando os sintomas passarem ou tentando se automedicar. O AVC é uma emergência, e a janela de tempo para o tratamento eficaz, especialmente a trombólise, é muito curta, geralmente de apenas 4,5 horas após o início dos sintomas”, explica.
Reconhecer para salvar: o protocolo FAST
O AVC acontece quando o suprimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido (AVC isquêmico, o mais comum) ou quando há um sangramento no órgão (AVC hemorrágico). Em ambos os casos, as células cerebrais começam a morrer rapidamente.
O Dr. Josualdo Euzébio destaca a importância de memorizar o protocolo FAST, que ajuda qualquer pessoa a identificar os sinais de alerta em segundos:
F (Face): peça para a pessoa sorrir. Um lado do rosto está caído ou dormente?
A (Arms): peça para a pessoa levantar os dois braços. Um braço cai ou tem dificuldade de se manter levantado?
S (Speech): peça para a pessoa repetir uma frase simples. A fala está arrastada, confusa ou ela não consegue falar?
T (Time): se notar qualquer um desses sinais, é hora de ligar para o socorro (SAMU 192 ou Bombeiros) imediatamente.
“Não hesite. Se você vir a boca torta, o braço que não levanta ou a fala enrolada, o relógio está correndo. O tempo perdido é igual a neurônios perdidos. Nossas intervenções cirúrgicas e tratamentos visam desobstruir as artérias rapidamente, mas dependemos que o paciente chegue ao hospital na hora certa”, adverte o especialista.
Embora a resposta imediata seja crucial, a prevenção é o caminho mais seguro. O Cirurgião Vascular ressalta que muitos casos de AVC isquêmico estão ligados à aterosclerose (acúmulo de placas de gordura) nas artérias carótidas, que levam sangue ao cérebro.
“Como cirurgião vascular, nosso papel na prevenção é essencial. Se diagnosticarmos um estreitamento significativo da artéria carótida, que é uma via de alto risco para o AVC, podemos intervir cirurgicamente ou com angioplastia para desobstruí-la. Isso reduz drasticamente as chances de um derrame futuro. Não se trata só de salvar a vida durante o evento, mas de impedir que ele aconteça”, finaliza.
Saiba mais sobre o trabalho do Dr. Josualdo Euzébio: @dr.josualdo
Foto: Divulgação
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