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Não é frescura, é risco real: o peso da exaustão mental em mulheres que fazem tudo por todos
Psicóloga alerta para o adoecimento silencioso de mulheres sobrecarregadas e como evitar o caminho até o burnout.
As mulheres ainda assumem, em grande parte, a maior carga de responsabilidades domésticas, familiares e profissionais. Essa sobrecarga constante pode gerar exaustão mental, um problema silencioso que afeta autoestima, saúde emocional e desempenho em todas as áreas da vida.
“Não se trata de fraqueza ou frescura. Muitas mulheres desenvolvem um padrão de cuidar de todos, menos de si mesmas. O corpo e a mente enviam sinais claros de alerta, mas muitas vezes eles são ignorados até que a situação se torne grave”, explica Josiele Sena, psicóloga especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e Gestão de Pessoas.
Como a exaustão se manifesta
A sobrecarga mental afeta a vida diária de formas sutis, mas persistentes. Mulheres sobrecarregadas podem apresentar fadiga constante, dificuldade de concentração, irritabilidade, sentimento de incapacidade e até desinteresse por atividades que antes eram prazerosas. No ambiente profissional, essas manifestações podem se traduzir em baixa produtividade, medo de assumir desafios e autossabotagem.
Estudos mostram que mulheres que acumulam múltiplas funções têm 60% mais chances de desenvolver sintomas de estresse crônico, o que aumenta o risco de burnout, ansiedade e depressão.
“O cérebro reage à pressão constante como se estivesse em alerta permanente. Isso altera padrões emocionais e físicos, aumentando a vulnerabilidade ao adoecimento. Reconhecer esses sinais precocemente é fundamental para interromper esse ciclo”, complementa Josiele.
Estratégias para retomar o controle
Josiele enfatiza que é possível prevenir o adoecimento com pequenas mudanças na rotina e na forma de se organizar emocionalmente:
Estabeleça limites claros: dizer “não” é um ato de autocuidado e não de egoísmo.
Delegue responsabilidades: compartilhar tarefas domésticas e profissionais reduz a sobrecarga.
Reserve tempo para si: momentos de lazer, hobbies ou exercícios físicos ajudam a restaurar energia mental.
Pratique autoconsciência: reconhecer os próprios limites permite agir antes que o corpo ou a mente colapsem.
Busque apoio profissional: terapia é um espaço seguro para ressignificar padrões de comportamento e construir estratégias personalizadas.
“Cuidar da saúde mental não é luxo, é necessidade. É preciso aprender a respeitar os próprios limites antes que o corpo e a mente deem sinais mais graves. O autocuidado é a base para viver de forma plena, sem carregar sozinha o peso do mundo”, reforça a especialista.
Acompanhe o trabalho da Josiele Sena no Instagram: @psicologia.psimind
Fonte: Josiele Sena — Psicóloga Clínica | Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental | Especialista em Gestão de Pessoas
Foto: Divulgação
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