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Tecnofeira 2015 movimenta setor tecnológico em BH
Feira de tecnologia é oportunidade de negócios para empresários, de qualificação para estudantes e inspiração para profissionais de TI
O setor tecnológico está entre as áreas menos impactadas pela crise econômica brasileira. De acordo com a estimativa da Consultoria International Data Corporation (IDC), o mercado de Tecnologia da Informação do país pode encerrar 2015 sendo a sexta área com mais investimentos, atingindo os US$ 165,6 bilhões, um crescimento de 5% em relação ao ano passado. O mercado de trabalho reflete o bom desempenho. Segundo a Catho, o aumento de vagas de TI entre janeiro e junho deste ano, chegou a 44,2%. As empresas do setor mantêm os investimentos porque, em cenários de instabilidade econômica, a maior parte das organizações investe em informatização de processos em vez de pessoal, aumentando a demanda. O incentivo à inovação ganha ainda mais força nesse cenário, e as ideias criativas são bem recompensadas.
A crise não inibiu o investimento no principal projeto do Colégio Cotemig: a Tecnofeira, que ao longo de 22 anos se tornou a maior Feira Estudantil de Tecnologia de Minas Gerais. Por meio dela, os estudantes do terceiro ano apresentam ao mercado sites, aplicativos, softwares, desenvolvidos como projeto de conclusão do curso técnico em informática. As criações têm baixo custo de implantação e estão prontas para serem utilizas no mercado. Nessa edição, que acontecerá nos dias 27 e 28 de novembro no Minascentro, 59 projetos estão em exposição. Os visitantes também podem conferir estandes de jogos e novidades tecnológicas, participar de palestras e oficinas gratuitas, e conhecer os planos de estágios e programas de trainee de empresas do setor de TI.
“As oportunidades em tempos de crise surgem através da criatividade. A Tecnofeira é um espaço propício para isso. Muitos profissionais de tecnologia vão para ver o que está sendo desenvolvido e se inspirar, empresários procuram novas ideias e jovens com experiência prática em programação para os seus projetos. É um espaço de negócios, de estímulo à inovação, um local para quem gosta de acompanhar as tendências tecnológicas”, explica o coordenador da Tecnofeira 2015, Leonardo Fonseca de Souza.
O estudante de Ciência da Computação Vinícius Leão Salmont, de 22 anos, compareceu à última edição da feira como visitante, mas já esteve do outro lado. Ex-aluno do Cotemig, ele desenvolveu em 2013 um aplicativo para iPhone que despertou o interesse de um empresário. “Ele disse que precisava de um programador para iPhone e me passou os contatos para agendarmos uma entrevista. Eu já tinha feito estágios ao longo do curso, mas foi pela Tecnofeira que eu consegui o meu primeiro emprego. Estou montando uma startup e esse é um local onde eu certamente irei procurar profissionais para trabalhar comigo”, conta.
Os projetos da Tecnofeira 2015 apresentam soluções variadas para diversos setores. O grupo de Izabela Guimarães desenvolveu um aplicativo de licitações profissionais entre empresas e governo com o perfil de leilão reverso, ou seja, ganha quem pagar menos. “O nosso objetivo é aproximar mais as empresas do leiloeiro, com um contato direto pelo celular. Já consultamos pessoas que trabalham nessa área e as ferramentas existentes não notificam os participantes em suas diversas fases. A nossa proposta evita perda de participações, prazo e prejuízo para o próprio comprador em pregões”, destaca.
O grupo de Samuel Vieira Gonçalves criou um site que calcula a vazão da água e quantos litros são gastos por minuto. O consumidor vai ter um cadastro na página e será gerado um relatório com o consumo diário. “Com o problema da falta de água, essa é uma ferramenta útil para controlar melhor os gastos e poupar esse recurso”, conta o estudante.
A equipe de Flávia de Almeida Rocha desenvolveu um site para facilitar a pesquisa de cursos e faculdades a partir das notas do Enem. O estudante também pode selecionar a universidade ou o curso e avaliar qual nota necessária para passar na instituição de ensino desejada. “Colocar no SISU às vezes não dá uma noção ampla se você vai conseguir passar. Esse site te dá opções organizadas, é um sistema mais prático. Nós percebíamos que muitas pessoas tinham problemas em trocar de faculdade ou curso no site do SISU e dificuldade no acesso às informações”.
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