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Comemorando 10 anos de produção em perfomance e pensando na difusão, estímulo e vivência dessa arte contemporânea em Belo Horizonte, a artista mineira Christina Fornaciari, integra a programação de novembro da Casa Una de Cultura com a exposição Bússola Cã. A mostra que já está aberta para visitação gratuita fica em cartaz até o dia 6 de dezembro, nos seguintes horários: de segunda a sexta, das 14 às 22 horas e aos sábados, das 9h às 13 horas.

Nascida em Belo Horizonte, Christina vem ganhando destaque no cenário nacional da performance contemporânea, tendo realizado obras em diversos estados brasileiros, como Tocantins, Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, Bahia, Santa Catarina, entre outros, além de atuação internacional. O ciclo de uma década que se fecha este ano coincide com marcos significativos em sua carreira: o encontro com a artista sérvia Marina Abramovi?, a conclusão de seu Doutorado em Performance e o lançamento do livro “Corpo em Contexto”, do qual é organizadora e que será lançado no encerramento da exposição Bússola Cã.

Segundo Christina, embora a performance se configure atualmente um campo fértil para a expressão estética no mundo todo, essa linguagem ainda apresenta-se como um desafio para o público mineiro, seja pelo fator novidade ou pelas raras oportunidades de encontro com essa forma artística. Para ela, reflexo disso é o fato de que sua obra ainda é desconhecida de grande parte de seus conterrâneos.

Bussola Cã será uma boa oportunidade para aqueles que ainda não conhecem o trabalho da artista e também para os que já acompanham a sua trajetória. A mostra reúne o acervo de Christina Fornaciari em vídeos, fotos, material cenográfico e instalações e mostras de processos criativos. Com o intuito de propor um mês de vivência em performance, Christina também preparou uma série de atividades, que inclui palestras, lançamento de livro, rodas de conversa e mesas-redondas, a ocorrerem durante a exposição. (Veja abaixo a programação completa).

“Meu trabalho em performance tende a nascer como resposta a estímulos visuais (um espaço específico, um objeto, determinado material, uma mídia), aliado a um tema que geralmente busco nas relações entre as pessoas, entre as pessoas e as instituições, e entre as pessoas e a natureza. Tenho forte tendência a abrir minha obra à interatividade. Sou profunda e genuinamente interessada no caráter instantâneo inerente à performance; trabalhar com erro e acerto em oposição a ensaios, sem conhecer o público e sem conhecer a mim mesma em relação a cada nova proposta. Em risco é, quase sempre, o lugar onde mais desejo estar enquanto performer”.