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Centro Cultural UFMG convida para o lançamento “A Cartilha do Samba Chula”
Na terça-feira, dia 22 de novembro de 2016, às 19h, o projeto Cena Aberta e o Centro Cultural UFMG recebem o grupo Samba de Terreiro para o lançamento “A Cartilha do Samba Chula”. Entrada franca.
Samba Chula é uma vertente do samba tradicional do Recôncavo Baiano, de melodia mais complexa e extensa, na qual os cantores entoam as chulas, uma forma de poesia musicada, dominada por poucos mestres sambadores. Os cantadores de chula encontram apoio rítmico no pandeiro e harmônico nos toques da viola machete, executados pelos poucos tocadores de viola machete do Recôncavo.
A Cartilha do Samba Chula foi gerada a partir dos saberes de transmissão oral dos cantadores de chula e tocadores de viola, em um processo de ensino-aprendizagem em oficinas realizados nas cidades de Salvador, Saubara, São Francisco do Conde, Terra Nova e Santo Amaro, durante os meses de maio, junho e julho de 2015. O projeto, selecionado pela Natura Musical - Bahia 2014, realizou encontros cênico-musicais registrados em três modalidades: a viola machete, a chula cantada com pandeiro e o samba miudinho e prato-e-faca. O resultado do processo se materializa em dois CDs, um DVD e um livro, trazendo ensinamentos, fotos, textos, depoimentos dos mestres e transcrições musicais.
A Cartilha do Samba Chula, projeto da Associação Sociocultural Umbigada, foi idealizada pela etnomusicóloga e educadora musical Katharina Doring, em parceria com a Associação dos Sambadores e Sambadeiras da Bahia (ASSEBA). Segundo Katharina, o projeto foi concebido na continuidade do projeto anterior ‘Cantador de Chula’, que retratou em filme, textos e áudios, a vida e obra de 16 mestres e mestras do samba do Recôncavo: “Queria aprofundar os mistérios da chula cantada, sua poesia, seus sotaques, sua melodia, as microtonalidades, entonações, metáforas. Trazer para as próximas gerações esses ensinamentos, os saberes originais dos (as) mais velhos (as), dentro de um contexto orgânico, não acadêmico, na naturalidade e vivência do samba de roda, na ‘lógica’ da tradição oral, na plasticidade e organicidade dessa prática e vivência, sem maquiagem, sem folclorismo, na profundeza dos saberes e paixões desses sambadores”.
O lançamento em Belo Horizonte acontecerá no Centro Cultural UFMG. O grupo Samba de Terreiro convida ativistas, participantes, pesquisadores, capoeiristas, educadores, músicos, artistas, produtores e pensadores culturais para compartilhar, nesse encontro, com sua visão e experiência sobre a transmissão e educação musical, cênica, poética e patrimonial no samba de roda, nas tradições orais e nas culturas negras e populares: experiências, reflexões, propostas e diálogos!
Os convidados para a mesa são Katharina Doring, Tata Kamus`ende, Mestre Primo e Mestre Leu Alagbê, que apresentarão as reflexões e resultados de muitos projetos, práticas e pesquisas junto às lideranças de grupos da tradição oral e culturas negras e populares de Minas Gerais. Haverá uma roda de conversa sambística com os grupos Samba de Terreiro, Herança Ancestral, Samba da Meia Noite, Samba Monjo Encabulado e Afoxé Bandarerê.
O Grupo Samba de Terreiro foi selecionado pelo Edital Cena Aberta 2016.
Projeto Cena Aberta
O projeto tem como objetivo abrigar a demanda de projetos de pesquisa e experimentação artística voltados para as áreas de dança, performance e teatro. Anualmente, por meio de edital, são selecionados grupos da cidade de Belo Horizonte para desenvolver suas atividades nos espaços do Centro Cultural UFMG.
Foto: Samba de Terreiro
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