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Presença e continuidade marcam o encerramento do Mútua na Funarte

No dia 1º de novembro, o Mútua encerrou sua terceira edição com o Ateliê Aberto na Funarte MG, em Belo Horizonte. O encontro reuniu mais de 110 pessoas, o dobro do público esperado, e se transformou em um momento de celebração e troca, em que artistas e visitantes puderam conhecer de perto as pesquisas e processos desenvolvidos ao longo da residência.

Idealizado pela artista visual e gestora cultural Lina Mintz, o Mútua se consolidou como um laboratório sensível e político dedicado ao fortalecimento de mulheres artistas visuais. Em 2025, a residência contou com a participação das artistas Amanda Oliveira, Thayana Aquino e Giovanna Carvalho, selecionadas por edital público, além das artistas convidadas Catarina Maruaia e Renata Delgado, sob orientação da curadora Fabíola Martins.

O Ateliê Aberto foi o ponto culminante de dois meses de convivência, em que as artistas transformaram o espaço em campo de pesquisa, criação e diálogo. Para Lina Mintz, o momento simbolizou não apenas o encerramento de um ciclo, mas também o desejo de continuidade:

“Foi uma oportunidade de mostrar tanto o trabalho do Mútua quanto as pesquisas de cada artista. Tivemos uma presença grande de público, muitos artistas da cidade apareceram, e ficou claro o quanto essa experiência desperta novas conexões. As residentes estão se articulando para formar um coletivo e seguir produzindo juntas. Eu e a Amanda, por exemplo, estamos combinando de construir um forno para queimar nossas peças e dar sequência aos trabalhos.”

Essa foi a primeira edição inteiramente presencial do projeto, o que ampliou o caráter formativo e a potência dos encontros. A convivência diária nos ateliês e nas imersões — entre cafés, intervalos e conversas — trouxe para a prática aquilo que o Mútua defende desde sua criação: o tempo dilatado, o convívio e a presença como fundamentos do fazer artístico.

Para Lina, o principal legado do projeto está nessa convivência: “A presença é o que define essa edição. Ver como as artistas chegaram e como saíram do Mútua é muito forte. Elas aproveitaram cada possibilidade — o espaço, o material, as trocas, a estrutura — até a última gota. A residência mostra que é possível unir o tempo da criação com o da profissionalização, equilibrando o sensível e o técnico, a poética e a inserção no campo das artes.”

O Mútua 2025 se encerra com a preparação da publicação digital “Presença”, que será lançada no dia 19 de novembro em formato de live. O material reunirá registros dos trabalhos e textos de Lina Mintz, Fabíola Martins e das artistas participantes, como forma de documentar e expandir a experiência da residência.

Depois de três edições, o Mútua se consolida como uma iniciativa de formação, pesquisa e fomento que alia a sensibilidade artística à construção de espaços coletivos e sustentáveis para mulheres nas artes visuais. Para o futuro, Lina expressa o desejo de criar um ateliê físico do Mútua e realizar uma quarta edição, mantendo o projeto vivo e em movimento.

Serviço
Lançamento da publicação digital “Presença”
19/11 – segunda-feira
Formato online

Mais informações: @mutua.arte

Este projeto foi apoiado pelo PROGRAMA FUNARTE ABERTA 2025 – OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS CULTURAIS DA FUNARTE e é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Foto: Divulgação

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