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Carlos Brache faz performance ao vivo no CCBB BH
Fernando Brant será o modelo da noite no dia 10 de dezembro (quarta-feira). Compositor mineiro passa a integrar a lista de famosos retratados por Bracher, juntamente com Milton Nascimento, Gabriel Vilela e Fernando Pacheco. A sessão é gratuita, com reti
A mostra “Bracher – Pintura & Permanência”, Além das 86 obras de Carlos Bracher em exposição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – na mostra “Bracher – Pintura & Permanência”, os amantes da arte poderão acompanhar uma performance ao vivo do artista no próximo dia 10 de dezembro (quarta-feira), às 19h. O compositor mineiro Fernando Brant será o modelo da noite e terá o rosto retratado com as firmes e generosas pinceladas de Bracher. A sessão é gratuita e será feita no pátio do CCBB – Praça da Liberdade, 450/ Funcionários. Interessados devem retirar as senhas uma hora antes do início da sessão.
“A exposição já retrata muito bem o universo artístico do meu pai, trazendo réplicas do atelier e da casa onde ele cresceu e se inspirou; tocando as músicas que ele ouve enquanto pinta; mostrando os textos que ele escreve; entre outros elementos. Agora vamos coroar essa imersão com a participação ao vivo do artista em contato direto com o público, que poderá testemunhar o seu processo criativo”, destaca a filha e idealizadora da exposição, Larissa Bracher.
Integrante do movimento Clube da Esquina, o compositor mineiro Fernando Brant irá compor a lista de famosos retratados por Carlos Bracher, que ainda traz nomes como Milton Nascimento, Gabriel Vilela e Fernando Pacheco – ambas as telas em exposição no Centro Cultural Banco do Brasil.
SOBRE A EXPOSIÇÃO
A mostra “Bracher – Pintura & Permanência”, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), é uma retrospectiva de seus 57 anos de carreira. Nela são exibidas 86 obras que ficam em cartaz até 12 de janeiro de 2015, quando segue turnê por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Pela primeira vez, o pintor – reconhecido internacionalmente como um dos mestres da pintura brasileira – tem exposição interativa, com espaço multimídia e cenografia. São expostas 86 obras representando todas as fases da carreira de Carlos Bracher, incluindo telas a óleo, desenhos, aquarelas, livros, catálogos, fotos, objetos pessoais e poemas de sua autoria. A curadoria é assinada pelo renomado Olívio de Tavares Araújo, em parceria com o próprio artista.
O conjunto traz retratos, umas das marcas registradas do mineiro, incluindo autorretratos, além de paisagens, marinhas, naturezas-mortas, cenas do cotidiano e as séries “Homenagem a Van Gogh”, “Do Ouro ao Aço”, “Brasília” e “Paisagens Recentes”.
São evidenciadas na Mostra, a evolução de cada fase da carreira do pintor: a obscura e questionadora dos anos 1960; a cubista dos anos 1970; o romantismo dos anos 1980; o modernismo caótico dos anos 1990 e a maturidade artística e o coroamento de seu estilo tempestuoso dos anos 2000.
A coletânea está exposta em ambientes assinados pelo premiado cenógrafo Fernando Mello da Costa, com painéis e instalações, como a reprodução do famoso ateliê de Ouro Preto. O Castelinho dos Bracher, em Juiz de Fora, onde o pintor passou a infância e juventude, também ganha forma cenográfica onde os visitantes podem circular. No espaço multimídia, pinceladas intensas e a própria voz do artista, com textos de sua autoria, contribuir para a imersão do público no universo de Bracher. A responsável pelo áudio e vídeo é a jornalista Blima Bracher, que é filha do artista e, há sete anos, se dedica à pesquisa de textos e imagens, tendo assinado já dois documentários sobre Bracher: “Âncoras aos Céus”, de 2007, e “Das Letras às Estrelas. JK: dos Sonhos ao Sonho de Brasília”, de 2014.
O público pode participar e acompanhar o processo catártico e explosivo do artista, marcas de sua criação, por meio de intervenções ao vivo. Essa interação propõe, em si, um olhar dinâmico e reflexivo do ato de pintar.
Após a passagem por Belo Horizonte, a exposição irá itinerar pelas demais unidades do Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo (27/01 a 02/03); Rio de Janeiro (31/03 a 18/05) e Brasília (26/05 a 29/06), com extensão do projeto para o Centro Cultural Usiminas, na Galeria de Arte Hideo Kobayashi, em Ipatinga-MG entre (jul-set 2015).
A mostra é incentivada pelo Ministério da Cultura e conta com o patrocínio da USIMINAS (Usinas Siderurgicas de Minas Gerais S.A), co-patrocínio da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia Mineração), BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), e OUROCAP, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com apoio Centro Cultural Banco do Brasil.
SOBRE O ARTISTA
Aos quase 74 anos, Bracher está definitivamente na galeria dos grandes mestres da pintura brasileira. Mineiro de Juiz de Fora, nos anos 1970, o artista escolheu Ouro Preto como morada. Nessa cidade, onde reside até hoje com sua esposa, a também pintora Fani Bracher, ganha de projeção por pintar o casario colonial, igrejas e montanhas de Minas.
Inquieto, frenético e investigativo, o artista se lançou em voos mais altos: na década de 1990, iniciou uma sequência de Séries Temáticas. A primeira lhe deu projeção internacional. Em 1990, Bracher percorreu os caminhos do também pintor expressionista Van Gogh, realizando a série Homenagem a Van Gogh, com 100 telas pintadas no centenário de morte do artista, dando vazão a uma paixão de adolescência. Com a série, o artista foi convidado a expor em importantes museus da Europa, América e Ásia.
Bracher é o brasileiro que mais expôs no exterior, realizando individuais, há mais de 40 anos, em galerias e museus de Paris, Roma, Milão, Moscou, Japão, China, Londres, Rotterdam, Haia, Madri, Lisboa, Montevidéu, Santiago do Chile, Bogotá e Kingston.
Ele foi o primeiro brasileiro a expor na China, a convite do governo chinês, dentro do Palácio Imperial da Cidade Proibida, em Pequim, sendo esse feito considerado um marco na abertura das relações culturais com o Oriente. A exposição foi exibida também em Tóquio, na Universidade das Nações Unidas (ONU).
Em 1992, lançou seu olhar ao mundo industrial, pintando a série Do Ouro ao Aço, sobre a siderurgia em Minas Gerais. Os parques industriais da Belgo Mineira (hoje Arcelor Mittal) e também Usiminas ganham, em suas telas, a alcunha de catedrais siderúrgicas, numa referência entre as igrejas barrocas e as chaminés e altos-fornos.
Na Série Brasília, de 2007, Bracher fez homenagem a Juscelino Kubistchek, pintando 66 quadros nas ruas e esplanadas da capital federal, expostos no Museu Nacional, projeto de Niemeyer.
Em 2012, realizou a Série Petrobras, imprimindo visão artística ao mundo industrial do petróleo. Pintou, in loco, as principais refinarias da empresa com a produção de 60 obras, entre pinturas e aquarelas.
Agora, em 2014, data dos 200 anos da morte de Aleijadinho, Carlos Bracher acabou de realizar a Série Aleijadinho, fazendo uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do barroco.
Atualmente, uma retrospectiva com 50 quadros, produzidos entre 1961 a 2006, percorre diversas cidades europeias, já expostas nos Museus de arte contemporânea de Moscou, Frankfurt, Praga, Estocolmo, Bruxelas, Bruges, Basilea, Dusseldorf, Luxemburgo e Gotemburgo.
Nesses quase 60 anos dedicados à pintura, o artista mineiro recebeu, entre inúmeros outros, a láurea máxima do Salão Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, o Prêmio de Viagem ao Exterior e o Prêmio Hilton de Pintura, colocando-o entre os 10 artistas de maior influência nas artes plásticas, ao lado de Siron Franco, João Câmara e Tomie Ohtake.
Seus trabalhos fazem parte de grandes coleções, como Museus de Arte Moderna do Rio e de São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes; Museu Oscar Niemeyer; Palácio do Itamaraty; Gilberto Chateaubriand; Roberto Marinho; Museu Vaticano; Casa Rosada; Gianni Agnelli; Henry Kissinger e Tony Bennett.
Sobre seu trabalho já foram publicados sete livros e realizados dezenas de filmes e documentários.
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