Notícias

“O Labirinto da Origem” ocupa o Museu da Moda e propõe novas leituras sobre infância, maternidade e criação artística

Evento propõe pensar a origem por diferentes perspectivas reunindo artistas e escritores, com atividades gratuitas até 8/11 e ocupa o Museu da Moda

A mostra O Labirinto da Origem segue com programação gratuita até o dia 8 de novembro promovendo debates, oficinas, performances e lançamentos de livros. O evento que propõe pensar a origem por diferentes perspectivas, com destaque para as experiências da infância, da maternidade e da criação artística, em uma programação que ocupa o Museu da Moda, além de centros culturais da cidade.

O projeto parte da ideia de que a origem não é um ponto fixo, mas um processo vivo, múltiplo e aberto a novas leituras. “Pensamos a origem como movimento e multiplicidade. Ela pode ser entendida tanto na cosmogonia de diferentes culturas, quanto na maternidade, na infância ou na memória que carregamos. O evento é um convite a olhar para essas muitas formas de começo”, explica a idealizadora Mônica de Aquino, poeta e pesquisadora que há anos investiga o tema em sua obra.

Programação no Museu da Moda

No último fim de semana, o evento ocupa o Museu da Moda, localizado na Rua da Bahia, 1149. Na sexta-feira, dia 7/11, às 17h, a Mesa “Reler o mundo a partir da infância” convida a uma pintora, desenhista, designer gráfico e escritora Edith Derdyk, e a artista plástica e ilustradora de livros Anna Cunha, com a mediação da pesquisadora Fabíola Farias atuante na política e na promoção do livro e da leitura, em especial nas infâncias. 

Em seguida, às 19h, a Mesa “Nadar no rumor dos filhos” trará como convidadas mulheres que abriram novos caminhos de interesses a partir da maternidade e da sua relação com os filhos. Entre as convidadas, estão a escritora e professora da Faculdade de Letras da UFMG Sabrina Sedlmayer que a partir de uma restrição alimentar do filho passou a pesquisar também a área da culinária; a estilista e designer de sapatos Virgínia Barros, e a pesquisadora e pesquisadora Carolina Fenati que passa a trazer a temática da maternidade em suas obras após se tornar mãe. A conversa terá como mediadora Mônica de Aquino.

No último dia, sábado, 8/11, às 10h30, será exibido o documentário “Yaõkwa” – direção de Rita Carelli e Vicent Carelli, no filme que narra o emocionante reencontro dos índios Enauwene Nawe com imagens suas registradas em um grande ritual, há 30 anos, em que as diferentes gerações se reconhecem. 

Em seguida, às 11h, a mesa “Emaranhar a memória”. Entre as convidadas estão artista Aline Motta que combina diferentes técnicas e práticas artísticas que de forma crítica, reconfiguram memórias, em especial as afro-atlânticas, criando novas narrativas com configuração não linear de tempo; a artista e professora na Belas Artes da UFMG Isabela Prado, que tem como um dos trabalhos marcantes as intervenções urbanas pela cidade de Belo Horizonte sinalizando a existência de rios que foram ocultados da paisagem. O mediador será Gustavo Silveira Ribeiro, crítico, pesquisador e professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da UFMG.

Finalizando a programação às 12h30, haverá a apresentação da performance “A Filha Natural”, de Aline Motta, em que a artista traça uma análise inédita de iconografia histórica e relatos orais de sua própria família, criando hipóteses possíveis sobre as origens de sua tataravó.

Segundo Mônica, a diversidade da programação busca criar conexões inesperadas entre áreas distintas do saber. “O Labirinto da Origem não é um espaço de respostas, mas de perguntas. Queremos cruzar vozes, linguagens e perspectivas para pensar de onde viemos e como seguimos nascendo, no corpo, na arte, na vida coletiva”, afirma. 

Oficinas nos Centros Culturais

O projeto realiza ações descentralizadas nos centros culturais municipais, com oficinas voltadas principalmente ao público feminino, que pensam a origem sempre com suas perspectivas a partir do processo criativo. Para participar os interessados poderão se inscrever pelo link disponível no Instagram do projeto (@dizer.sim) .

Na oficina “No princípio era o corpo”, a artista multifacetada Ludmilla Ramalho explora as fronteiras entre performance, dança, teatro, e convidará as participantes a explorar a expressão corporal a partir desta ideia de origem. A oficina acontecerá no dia 4/11, das 14h às 17h, no Centro Cultural Venda Nova.

Na oficina “No princípio era o desenho”, com a artista Bela Righ, os participantes são convidados a pensar o desenho como uma primeira expressão humana ainda na infância e também no campo macrológico, umas vez que os desenhos rupestres são uns dos primeiros registros da humanidade. A oficina acontecerá no dia 5/11, das 14h às 17h, no Centro Cultural Vila Marçola.

A ilustradora mineira Anna Cunha irá ministrar a oficina “No princípio era a Infância”, em que mostrará seu processo de produção de livros infantis, convidando as crianças para mergulhar na criação de ilustrações. A oficina acontecerá no dia 6/11, das 13h às 16h, no Centro Cultural Bairro das Indústrias.

Sobre Mônica de Aquino

Idealizadora do O Labirinto da Origem, Mônica de Aquino é poeta e produtora cultural e nasceu em Belo Horizonte em 1979. Publicou Sístole (Editora Bem- te-vi, 2005), Fundo Falso (Relicário Edições, 2018), Continuar a nascer (Relicário Edições, 2019) e Linha, Labirinto (Edições Macondo, 2020), lançado também em Portugal (Não Edições, 2022). Fundo Falso venceu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte em 2013 e foi finalista do Prêmio Jabuti em 2019. Participou de diversas coletâneas, antologias e eventos no Brasil e no exterior. É autora de cinco livros infantis, todos pela Editora Miguilim. Mônica é referência na literatura contemporânea mineira e atualmente prepara a antologia O Labirinto da Origem e seu quinto livro de poemas, que será publicado em 2026 no Brasil e na Argentina.

Labirinto da origem

O projeto O Labirinto da Origem é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. O projeto acontece também em parceria com a Academia Mineira de Letras, no âmbito do “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 248139)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, que tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e setecentos médicos cooperados e colaboradores.

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 22 anos em 2025 e conta com o apoio de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente, através de projetos patrocinados em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

Serviço

O Labirinto da Origem – Mostra literária e cultural

Data: 31 de outubro a 8 de novembro de 2025

Programação gratuita

Mais informações instagram: @dizer.sim

Programação completa

Ações descentralizadas

Dia 4/11, das 14h às 17h - Oficina “No princípio era o corpo”, com Ludmilla Ramalho | Local: Centro Cultural Venda Nova (R. José Ferreira dos Santos, 184 - Jardim dos Comerciários)

Dia 5/11, das 14h às 17h - Oficina “No princípio era o desenho”, com Bela Righ | Local: Centro Cultural Vila Marçola (R. Mangabeira da Serra, 320 - Marçola)

Dia 6/11, das 13h às 16h - Oficina “No princípio era a Infância” Anna Cunha | Local: Centro Cultural Bairro das Indústrias (R. dos Industriários, 289 - Indústrias I / Barreiro)

Local: Museu da Moda - Rua da Bahia, 1149 – Centro, Belo Horizonte

7/11 (sexta-feira)

17h – Mesa “Reler o mundo a partir da infância” | Convidadas: Edith Derdyk, Anna Cunha | Mediação: Fabíola Farias

19h – Mesa “Nadar no rumor dos filhos” | Convidadas: Sabrina Sedlmayer, Virgínia Barros, Carolina Fenati | Mediação: Mônica de Aquino

8/11 (sábado)

10h30 – Documentário Yaõkwa – direção de Rita Carelli

11h – Mesa “Emaranhar a memória” | Convidadas: Aline Motta, Isabela Prado | Mediação: Gustavo Silveira Ribeiro

12h30 – Performance Aline Motta – A Filha Natural

Crédito da imagem Marilia Camelo

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.