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Gonzaguinha foi um poeta do cotidiano, um cronista da vida urbana, um compositor que marcou seu tempo e influenciou gerações. Nascido em 22 de setembro de 1945, no Rio de Janeiro, Gonzaguinha partiu prematuramente, mas sua obra se perenizou nas canções que os brasileiros cantam desde sempre. Filho do Rei do Baião, Gonzagão, e da vedete Odete, jovem ainda Gonzaguinha desceu o morro de São Carlos para entrar na casa dos brasileiros, povoando com sonhos, canções e consciência cívica a vida de um país inteiro.

Escolheu como sua última morada Minas Gerais, mais precisamente a capital de todos os mineiros, onde banhou e se embebedou no “Lindo lago do amor”. Em Minas foi um cidadão do mundo, foi feliz. Em Belo Horizonte trabalhou em rádio, jogou bola, andou descalço pelas tardes, viu o bem-te-vi e fez canções; lindas canções. É da sua época em Minas as músicas mais serenas, com a poética de quem olha o mundo como um palco de belezas, despertando em suas letras a contemplação do cotidiano que está à nossa volta.

Neste ano, quando Gonzaguinha completaria 70 anos de vida e canções, a cantora Lívia Itaborahy e a produtora Lúcia Rêgo convidam os artistas mineiros: Janaina Moreno, Ladston do Nascimento, Mariana Nunes, Pedro Morais, Sanducka Brasil e Tadeu Franco para soprar a velha chama que Gonzaguinha acendeu dentro de todos nós. O show pretende lembrar músicas do grande mestre que se declarava ser um eterno aprendiz.

Com o sugestivo nome de “Não se espante, cante”, os artistas mineiros darão um viés de sarau ao show. Catando ou declamando farão suas interpretações originais de textos e músicas do poeta que vivia sem ter a vergonha de ser feliz. Cada artista apresentará as canções que marcaram e influenciaram a sua vida.

No repertório do show/homenagem serão apresentados os grandes clássicos de Gonzaguinha, como: Recomeçar; O que é que é; Sangrando; Não dá mais pra segurar; Diga lá, coração; Ponto de interrogação; entre vários outros clássicos do eterno mestre aprendiz.