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Artista plástica Laura Belém conversa com o público na Casa do Baile
Mediada por Maria Angélica de Melendi, conversa fomenta o debate acerca da arte contemporânea
A artista plástica mineira Laura Belém, que apresenta a exposição inédita “Ilha Restaurante”, conversa com o público no próximo sábado, 7 de novembro, às 10h30, na Casa do Baile. Com mediação de Maria Angélica Melendi, crítica de arte e professora da Escola de Belas Artes da UFMG, o encontro busca aproximar o público da artista, bem como promover o debate e a qualificação no âmbito da arte contemporânea. Laura irá falar sobre seu trabalho de Instalação e abordar o processo de criação, conceituação e produção da obra exposta. A artista poderá apresentar também uma seleção de outros trabalhos na área da instalação e do site-specifc. Na ocasião será lançado o folder da exposição, com imagens da exposição e texto crítico inédito de Maria Angélica Melendi. A entrada é gratuita.
Construída originalmente para servir como restaurante popular dançante, a Casa do Baile, projetada por Oscar Niemeyer, no complexo arquitetônico da Pampulha, já teve muitas funções ao longo dos anos. Nesse novo trabalho, criado especialmente para o espaço, Laura Belém propõe reinventar e ressignificar a função original do lugar, convidando o espectador a perceber e a sentir o espaço de forma nova, a partir da síntese de vários elementos, como a história, a arquitetura, a paisagem, a utopia, a dança, o som e o movimento.
“O trabalho faz isso de modo conceitual e poético. E, também, de maneira mais formal, ao delimitar o espaço com cortinas e elementos que acentuam a ideia de circularidade, movimento e continuidade, já presentes na arquitetura da Casa. Desse modo, o espectador se torna um coadjuvante na instalação”, destaca Laura Belém. O público pode conferir a mostra até o dia 22 de novembro, com entrada também gratuita.
O projeto é realizado com os benefícios do Fundo de Projetos Culturais (FPC) / Edital 2013 da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
Laura Belém
Laura Belém é bacharel em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG (1996) e mestre em Artes Plásticas pelo Central Saint Martins College of Art (2000), em Londres. Participou de residências artísticas em diversos locais, como Madri, Nova York e Toronto. Desde 1998, expõe no Brasil e no exterior, atuando, principalmente, nos campos da instalação e da intervenção.
Dentre as exposições individuais já realizadas, destacam-se: Anekdota (Capela do Morumbi, São Paulo, 2015); Hoje tem Cine (SESC Palladium, Belo Horizonte, 2015); Jardim Secreto ou Passagem do Trópico (Galerie Virginie Louvet, Paris, França, 2013); The Temple of a Thousand Bells (York St Mary’s, York, Reino Unido, 2012); Laura Belém (Galeria Luisa Strina, São Paulo, 2011); Paisagem Flutuante (MAMAM no Pátio, Recife, 2007).
Dentre suas principais exposições coletivas, estão Procura-se, Tofiq House (São Paulo, SP, 2015); Frestas Trienal de Artes (Sorocaba, SP, 2014); Limited Visibility (CAM Raleigh, EUA, 2014); Cruzamentos: contemporary art in Brazil (Wexner Center for the Arts, Columbus, Ohio, EUA, 2014); Amor e ódio a Lygia Clark (Zacheta National Gallery of Art, Warsóvia, Polônia, 2013); Viewpoint (Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami, 2011 ); Liverpool Biennial International 10 (Liverpool, Reino Unido, 2010); 51a Bienal de Veneza (Veneza, Itália, 2005).
Em 2011, Laura foi uma das vencedoras do Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas e participou das exposições itinerantes da premiação, em diversas cidades brasileiras, em 2012 e 2103. Em 2003, recebeu a Bolsa Pampulha e realizou exposição individual no Museu de Arte da Pampulha, em julho de 2004.
Casa do Baile
Situada numa pequena ilha artificial ligada por uma pequena ponte de concreto à orla, a Casa do Baile foi inaugurada em 1943 para abrigar um restaurante dançante, composto por um salão com mesas, pista de dança, cozinhas e toaletes. Com a finalidade de criar, na Pampulha, um centro de reuniões populares, a Prefeitura fez o Edifício do Baile, local destinado à valorização artística da Pampulha e à função social de divertir o povo.
Como espaço de lazer e entretenimento nas noites belo-horizontinas, a Casa do Baile logo se tornou palco de atividades musicais e dançantes, sendo frequentada pela sociedade mineira. A proibição do jogo, em 1946, resultou no fechamento do Cassino, atual Museu de Arte da Pampulha (MAP), refletindo sobre a vizinha Casa do Baile, que também foi obrigada a encerrar suas atividades em 1948.
A partir de tal data, sob a administração da Prefeitura, o espaço foi usado para variados fins comerciais. Nos anos 1980, funcionou como anexo do Museu de Arte da Pampulha, como restaurante, e acabou novamente fechada. Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas esferas federal, estadual e municipal.
Em 2002, a Casa do Baile foi reaberta após sua restauração, realizada sob a coordenação do próprio Oscar Niemeyer, com novos sistemas de climatização e iluminação. Seus jardins também passaram por um processo de revitalização, obedecendo à intenção paisagística da proposta original de Burle Marx.
Foto: Cássio Campos
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