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Bate-papo e visita mediada são destaques dos últimos dias da exposição “Fullgás - artes visuais e anos 1980 no Brasil”

A mostra, em cartaz até 10 de novembro, realiza eventos gratuitos e abertos ao público no dia 6 de novembro com a participação do artista Eder Santos, do professor Eduardo de Jesus e do curador Tálisson Melo

Prestes a se despedir do CCBB BH, a exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” amplia a imersão do público na marcante década de 1980 por meio de duas atividades: uma visita mediada e um bate-papo, que ocorrem no dia 6 de novembro. A mostra, que fica em cartaz até 10 de novembro, já foi visitada por mais de 150 mil pessoas e reúne cerca de 300 obras de mais de 200 artistas de todos os estados brasileiros. 

A visita guiada pela exposição será realizada às 18 horas por Tálisson Melo, curador adjunto da mostra, ao lado de Raphael Fonseca e Amanda Tavares. Durante o trajeto, ele vai apresentar o contexto que envolve cada um dos cinco núcleos da exposição, destacando os pontos pensados pela curadoria. 

Na sequência, às 20 horas, no Teatro I, acontece o bate-papo "Geração 80, com e contra a televisão" com a participação de Eder Santos, um dos pioneiros da videoarte no Brasil, e com o professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG, Eduardo de Jesus, e mediação de Tálisson Melo. Na conversa, eles irão abordar a popularização da televisão na década de 1980, a videoarte e a relação das artes visuais com a televisão. A TV tem um papel central na exposição, está presente em seus cinco núcleos e transporta o público para uma experiência sobre o que era a televisão naquela época - período em que se popularizou, fazendo parte das casas de diferentes classes sociais. 

As atividades são gratuitas. Os ingressos para a conversa ficam disponíveis no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB a partir de 29/10. Os ingressos para a visita guiada serão disponibilizados 1 hora antes da atividade, exclusivamente na bilheteria. 

Sobre a exposição 

“Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” ocupa todo o terceiro andar do CCBB BH e está dividida em cinco núcleos conceituais, cujos nomes são músicas da década de 1980: "Que país é este" (1987), "Beat acelerado" (1985), "Diversões eletrônicas" (1980), "Pássaros na garganta" (1982) e "O tempo não para" (1988). No pátio interno, uma banca de jornal com vinis e revistas publicadas no período, com fatos marcantes da época, faz o público entrar no clima da exposição. Neste mesmo espaço há uma instalação do artista paraense, radicado no Rio de Janeiro, Paulo Paes: um grande balão feito especialmente para a mostra em Belo Horizonte. “O balão é um objeto efêmero, que traz uma questão festiva, de cor e movimento”, explica a curadoria. 

“Fullgás”, assim como a música de Marina Lima, deseja que o público tenha contato com uma geração que depositou muito de sua energia existencial não apenas no fazer arte, mas também em novos projetos de país e cidadania. Uma geração que, nesse percurso, foi da intensidade à consciência da efemeridade das coisas, da vida”, afirmam o curador Raphael Fonseca e os curadores-adjuntos Amanda Tavares e Tálisson Melo. 

“Desde 2013, temos atuado com o propósito de ampliar o acesso à cultura e valorizar a diversidade da produção artística brasileira. Ao propor uma leitura ampliada dos anos 1980, ‘Fullgás’ oferece ao público belo-horizontino a oportunidade de revisitar um período em que a cidade foi palco de uma nova cena cultural marcada pela ascensão de artistas visuais, coletivos teatrais e bandas independentes que ganhariam projeção nacional. Encerrar a itinerância da mostra em Belo Horizonte é, também, reconhecer a relevância da cidade na formação da cena artística brasileira e reafirmar nosso compromisso em ampliar a conexão do público com a cultura”, pontua Gislane Tanaka, gerente geral do CCBB BH.

A mostra aborda os anos 1980 de forma ampla, entendendo que seus questionamentos e impulsos começaram e terminaram fora do marco temporal de dez anos, que tradicionalmente constitui uma década. Desta forma, a exposição abrange o período entre 1978 e 1993, tendo como marcos o final do Ato Institucional 5 e o ano posterior ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Consideramos para a base de reflexões este arco de quinze anos e todas as suas mudanças estruturais e culturais para pensarmos o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno a uma democracia que, logo na sequência, lidará com o trauma de um impeachment”, contam os curadores, que selecionaram para a exposição obras de artistas cujas trajetórias começaram neste período. 

Nas artes visuais, a Geração 80 ficou marcada pela icônica mostra "Como vai você, Geração 80?", realizada no Parque Lage (RJ) em 1984. A exposição no CCBB entende a importância deste evento, trazendo, inclusive, algumas obras que estiveram na mostra, mas ampliando a reflexão. “Queremos mostrar que diversos artistas fora do eixo Rio-São Paulo também estavam produzindo na época e que outras coisas também aconteceram no mesmo período histórico, como, por exemplo, o ‘Videobrasil’, realizado um ano antes, que destacava a produção de jovens videoartistas do país”, ressaltam os curadores. 

21 artistas mineiros estão na exposição 

“Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” apresenta nomes de destaque de todo o país, fruto de pesquisa realizada entre os curadores e um grupo de consultores de diversos estados brasileiros. Nomes como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini e Leda Catunda estarão ao lado de artistas de destaque de outras regiões, como Kassia Borges (GO), Sérgio Lucena (PB), Vitória Basaia (MT), Raul Cruz (PR). 

Representando Minas Gerais, a exposição traz obras de 21 artistas do estado. São eles: Adélia Sampaio, Adrianne Gallinari, Ailton Krenak, Ana Horta, Ana Maria Tavares, Eder Santos, Eustáquio Neves, Hélio Coelho, Jader Rezende, Jorge dos Anjos, Jorge Duarte, Marco Paulo Rolla, Patricia Leite, Paula Sampaio, Paulo Amaral, Rosângela Rennó, Solange Pessoa, Valeska Soares, Vania Toledo, além de Afonso Pimenta e João Mendes, que integram o projeto belo-horizontino Retratistas do Morro.  

Elementos da cultura pop 

Além das obras de arte, a exposição traz, ainda, diversos elementos da cultura visual da década de 1980, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos, que fazem parte da formação desta geração. “Mais do que sobre artes visuais, é uma exposição sobre imagem e as obras de arte estão dialogando o tempo inteiro com essa cultura visual, por exemplo, se apropriando dos materiais produzidos pelas revistas, televisões, rádios, outdoors e elementos eletrônicos. Por isso, propomos incorporar esses dados, que quase são comentários na exposição, que vão dialogando com os elementos que estão nas obras de fato”, ressaltam Raphael Fonseca, Amanda Tavares e Tálisson Melo. 

O projeto é patrocinado pela BB Asset, gestora de fundos do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mário Perrone, diretor comercial e de produtos da BB Asset, destaca que a responsabilidade da gestora vai além da administração de ativos. “Patrocinar a exposição ´Fullgás´ reforça nosso compromisso com o futuro, investindo não apenas em resultados, mas também naquilo que transforma uma sociedade: a cultura e arte. Como a maior gestora de fundos do Brasil, temos a honra de contribuir para a preservação do legado cultural do país, inspirando novas gerações e promovendo um Brasil mais vibrante e consciente da sua rica história e expressão artística. Este é o tipo de investimento que gera valor para todos”. 

Este projeto conta com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Sobre os participantes da conversa

Eder Santos nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1960, onde vive e trabalha. É um dos pioneiros da videoarte no Brasil e iniciou sua carreira ainda adolescente, explorando câmeras amadoras. Em 1979, ingressou em artes plásticas na UFMG, mas se graduou em programação visual na Fundação Mineira de Arte Aleijadinho, em 1984. Sua obra explora aspectos técnicos do vídeo, colocando em relevo questionamentos ideológicos sobre a mídia e combinando reflexões existenciais com uma crítica aos padrões da linguagem audiovisual.

Eduardo de Jesus nasceu em Belo Horizonte (MG), onde atua como professor no Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem publicado textos e ensaios e organizado livros como “Walter Zanini: vanguardas, desmaterialização, tecnologia na arte” (WMF Martins Fontes, 2018) e “O corpo vulnerado” (2024), com as reflexões de Maria Angélica Melendi, em torno da arte latino-americana. Desenvolveu ainda curadorias, como: Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (2013, 2015 e 2017), Esses Espaços (Belo Horizonte, 2010), Densidade Local (Cidade do México, 2008) e Festival Internacional de Arte Contemporânea – Videobrasil (mostra histórica, 2023).

Tálisson Melo (curador-adjunto) nasceu em Juiz de Fora (MG) e vive em São Paulo. Curador, pesquisador e professor. Pós-doutorando no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Doutor em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com estágio na Yale University, EUA. Mestre em Artes pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde também se graduou bacharel em Artes e Design, com concentração em História da Arte pela Universidad de Salamanca, Espanha. Em 2023, foi selecionado pelo prêmio de jovens curadores da OMA galeria. Ganhou o prêmio de melhor exposição (regional Centro-Oeste, 2023) da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA), pela exposição coletiva "Atualização do Sistema", organizada pela Academia de Curadoria em parceria com a FAP-DF e o Museu Nacional da República.

SOBRE A BB ASSET

A BB Asset, empresa do Banco do Brasil, é responsável pela gestão de mais de 1.200 fundos de investimento para 2 milhões de pessoas que buscam realizar seus sonhos. Líder nacional no setor de fundos de investimento, detém aproximadamente 19% do mercado e administra um patrimônio líquido de cerca de R$ 1,73 trilhão*. Além disso, é reconhecida pela qualidade de sua gestão com as maiores notas das agências de classificação de risco Fitch Rating e Moody's. Nossas soluções de investimento estão disponíveis para atender a ampla variedade de objetivos de nossos clientes. Como líder de mercado, entendemos nossa responsabilidade na atuação em prol dos desenvolvimentos ambiental, social, de governança corporativa e cultural. Com o objetivo de agregar valor à sociedade, a BB Asset patrocina iniciativas como a exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil”. Porque, além de gerir ativos financeiros, investir em arte e cultura - para a maior gestora de fundos do Brasil - também é melhorar a vida das pessoas! E esse é o nosso propósito! BB Asset: busque mais para seus investimentos!

*Dados do ranking da ANBIMA de março de 2025.

CIRCUITO LIBERDADE

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço: Conversa "Geração 80, com e contra a televisão" 
Data: 06 de novembro de 2025, às 20h 
Local: Teatro I
Entrada gratuita mediante retirada de ingressos em ccbb.com.br/bh ou na bilheteria do CCBB a partir de 29/10
Classificação indicativa: 12 anos

Visita guiada com curador Tálisson Melo
Data: 06 de novembro de 2025, às 18h
Local: Galerias do 3° andar e Pátio
Entrada gratuita mediante retirada de ingressos na bilheteria do CCBB, 1 hora antes da atividade
Classificação indicativa: 12 anos

Exposição “Fullgás - Artes visuais e anos 1980 no Brasil”
Até 10 de novembro de 2025
Pátio e Galerias do 3º Andar – CCBB BH
Todos os dias, exceto às terças, das 10h às 22h
Entrada gratuita mediante retirada de ingressos em ccbb.com.br/bh ou na bilheteria do CCBB
Classificação indicativa: 12 anos

Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte – MG
(31) 3431-9400 | ccbbbh@bb.com.br | ccbb.com.br/bh 
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Foto: Taís Stein

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