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Exposição de Chichico Alkmim no Memorial Vale Relembra as Paisagens Humanas e Urbanas do Início do Sèculo XX

O Memorial Minas Gerais Vale, integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade recebe a partir do dia 6 de novembro, quarta-feira, a exposição “Paisagens Humanas – Paisagens Urbanas”, de Chichico Alkmim, no Café do Memorial. Francisco Augusto Alkmim (1886 -1978) fotógrafo mineiro que nos legou um acervo de aproximadamente 5.000 negativos em vidro criou uma crônica visual da população e dos costumes da cidade de Diamantina, no inicio do século XX. Combinando cliques feitos em estúdio e chapas batidas ao ar livre, Chichico contava apenas com luz natural para produzir suas fotografias e produziu um trabalho de rara beleza, qualidade e valor social. A exposição “Paisagens Humanas – Paisagens Urbanas” tem curadoria de Tibério França e Verônica Alkmim França, neta de Chichico. Estarão expostas 20 fotografias, sendo algumas delas inéditas, trazendo um recorte que privilegia imagens que mostram grupos de pessoas em paisagens urbanas. “A exposição mostra, sobretudo a importância de Chichico Alkmin, que em sua época registrou não somente as paisagens urbanas, mas também as pessoas e as paisagens que elas vivenciaram como nascimento, vida e morte. É possível observar na obra exposta que os fotografados tinham consciência do que estava sendo feito, pois a fotografia naquele tempo possuía quase uma direção de cena, era algo planejado, um ritual” comenta Tibério França, que complementa ainda sobre a mostra, “será uma viagem no tempo. Um tempo diferente, mas também intimista e que mostra muito das relações afetivas e humanas”, finaliza. Chichico Alkmim pertenceu a uma linhagem de fotógrafos dos anos mil e oitocentos e das primeiras décadas do século XX e sua obra é um registro único e incomparável da vida, da população e da paisagem mineira. Segundo Verônica Alkmim França, neta e responsável pela promoção do acervo Chichico Alkmim, a exposição resgata a obra do fotógrafo e sua característica principal que são os "retratos" consolidando a historia da fotografia em Minas Gerais, a técnica utilizada por Chichico, período cronológico, valores culturais e importância social. “Vamos mostrar imagens que foram selecionadas para o livro ‘O Olhar Eterno de Chichico Alkmim’ publicado em 2005, mas que ainda não foram exploradas e divulgadas”, finaliza Verônica. Uma das fotografias expostas mostra o retrato de duas irmãs gêmeas em Diamantina, Marta Maria e Maria Marta, as “Martinhas”, com aproximadamente quatro anos quando fotografadas, a imagem data de aproximadamente o princípio da década de 50 e é considerada por elas como uma representação da infância no interior mineiro. “Fiquei muito emocionada em saber que o nosso retrato será exposto. Esta fotografia faz parte da história de minha família. Pela pouca idade, não lembramos ao certo a data que ela foi tirada, mas de qualquer maneira é uma imagem que não foi feita para marcar época e sim para nos fazer recordar de nossas vidas, para nos deixar uma boa lembrança” conta Marta Maria Mota.

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