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Dueto Benin-Brasil Espetáculo inédito “Vodoun”

O bailarino beninense Marcel Gbeffa está de volta a Belo Horizonte, desta vez ao lado do brasileiro Wagner José de Faria, para apresentar seu novo espetáculo, “Vodoun”, no dia 13 de novembro, às 20h30, no SESC Palladium. “Vodoun”, palavra hoje usada pelos jovens beninenses para se referirem a algo novo, inusitado, estranho ou incrível, é fruto deste encontro entre um beninense e um brasileiro. Dois adultos que compartilham, em cena, memórias de infância. Bobagens, jogos, mas também a violência, as armas. Gritos e risos de crianças. Cada um com suas semelhanças e diferenças nos conta sua escola, o seu país, sua cultura, sua dança, seu vodoun. Eles dançam, eles se movem, mas seus movimentos são estranhos, extraordinariamente belos, carregados de uma história que nos escapa. De um lado, os homens armados nas favelas do Rio. De outro, as guerras no Congo. Estas memórias deixam sua marca e influenciam a forma como eles se movem, a maneira de ser, mas também suas emoções. Lidar com a morte e a violência já não é nada anormal. No entanto, a criança está sempre dentro deles e tenta reviver momentos de descuido e alegria. E se, através da peça, os bailarinos se deixam novamente animar pelo espírito infantil - e secretamente saboreiam este leve momento - seus rostos são, porém, impassíveis, marcados pela história. O dueto é resultado de um intercâmbio sobre a maneira de ser, a experiência artística, mas também a forma de reviver a infância, incluindo o encontro com as armas. Coreografado por Marcel Gbeffa, fundador e diretor artístico da Cia Multicorps, o espetáculo é baseado na improvisação e na linguagem corporal com a influência da dança tradicional beninense. Abordagens coreográficas partem das atividades simples do cotidiano para criar peças incomuns. O encontro com Wagner aconteceu em 2012, no Rio de Janeiro, onde o bailarino foi selecionado por Gbeffa para participar de sua nova criação. Após um mês de trabalho no Centro Coreográfico Multicorps em Cotonou, no Benim, foi criado então o duo. Um espetáculo de encerramento foi apresentado no dia 21 de dezembro de 2012, no Théâtre de Verdure do Instituto Francês de Cotonou. O próximo passo foi realizar uma residência no Brasil, em 2013. Depois disso, uma turnê foi organizada nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, onde os artistas farão apresentações e workshops. Já o ano de 2014 será dedicado a uma turnê pela África. Workshop Além do espetáculo, Marcel Gbeffa também promoverá um workshop de dança contemporâena sobre o tema da política brasileira Nova Consciência, no dia 12 de novembro. Este workshop irá abordar o universo de discurso de políticos e suas contradições: a mudança súbita de emoções e decisões, a dupla face. E diante destes discursos políticos, a multidão de cidadãos anônimos unidos em uma massa compacta. Como nasce, do silêncio, o ruído? Como da vida nasce a ocupação das ruas? Este trabalho terá como base as danças africanas e brasileiras, e o objetivo é fazer os bailarinos de dança contemporânea descobrirem as técnicas de improvisação. Dependendo do resultado das oficinas, será possível incorporar alguns bailarinos no novo jogo "Vodoun". Direcionado para bailarinos semi-profissionais e profissionais, o workshop terá duração de 3 horas (das 18h às 21h), e será realizado no SESC Palladium, no Espaço Multiuso. A inscrição é gratuita. São apenas 25 vagas. Outro workshop acontecerá no mesmo dia, fechado para 25 adolescentes dançarinos do programa social Plug Minas. Sobre Marcel Gbeffa Marcel Gbeffa descobriu a dança contemporânea em 2001. Durante 12 anos, fez dela sua profissão. Sendo intérprete e coreógrafo, criou oito peças, apresentadas em muitos países. Trabalhou com coreógrafos e professores de renome, como Caroline Fabre (França), Patrick e Germaine Acogny (Senegal/França), Nora Chipaumir (internacionais Zimbabwe/New York), Mantsoe (África do Sul), Andreya Ouamba (Senegal), Reggie Wilson (EUA), Michelle Broda (França), Sarah Carlson (EUA) e muitos outros. Depois de coreografar seus próprios solos “Sofrimento interior” (2005), “O Djoola” (2006), “E se“ (2007), criou o dueto “Sombra Primitiva”, com Valérie Fanodougbo, sua colaboradora na Cia Multicorps. "Vodoun" é seu mais recente duo. Além disso, ele divide seus conhecimentos de coreografia com bailarinos semi-profissionais em todo o mundo, por meio de estágios e formações que ministra, desde 2008, para crianças e adultos. Sobre Wagner José de Faria Muito jovem Wagner José de Faria começou as danças urbanas na cidade do Rio de Janeiro. Participou de várias oficinas e workshops com vários grupos de dança nas ruas do Rio. Essas diferentes experiências deram-lhe a possibilidade, graças a centros sociais, de ministrar oficinas e preparar coreografias para meninos de rua e das favelas. Em 2005, participou do programa franco-brasileiro “Zone Blanche”, no CNCDC Châteauvallon na periferia de Toulon, percorrendo assim várias cidades da França. Enquanto dançarino, participou de uma turnê na Tunísia e na Holanda. Em 2007, foi coautor da coreografia do duo “a Minha Terra”. Participa de diferentes competições no Brasil e no mundo e ministra aulas de dança em diferentes colégios de subúrbios da sua cidade. Em 2012, foi então selecionado pelo coreógrafo beninense Marcel Gbeffa para participar da sua nova criação “Vodoun” e fazer uma residência em Cotonou, no Benim. O espetáculo e o workshop são uma promoção da Aliança Francesa de Belo Horizonte em parceria com o Institut Français, a Embaixada da França, e o SESC Palladium. Em Belo Horizonte, após o espetáculo, haverá um bate papo com os artistas. Sobre a Aliança Francesa A Aliança Francesa é uma associação sem fins lucrativos, constituída livremente por pessoas que têm o objetivo de divulgar a língua e a cultura francesas no seu país de origem. Fundada em Paris, em 1883, está presente em 135 países, possui 1016 estabelecimentos e tem cerca de 490.000 estudantes no mundo inteiro. No Brasil, a rede das Alianças Francesas conta, atualmente, com 40 associações e nove centros correspondentes, estando presente em praticamente todos os estados brasileiros e formando, assim, uma ponte entre o Brasil e a França. Em Belo Horizonte, a Aliança Francesa foi fundada em 14 de julho de 1944 e está situada em um agradável casarão na região da Savassi.

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