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Cinema em Transe no Sesc Palladium
‘Cinema em Transe’ e John Waters no Sesc Palladium Em novembro, centro cultural realiza sessões gratuitas e debate com o público
A programação de novembro do Sesc Palladium trará como eixo curatorial a temática do gênero. No cinema, o centro cultural traz três edições do Cinema em Transe com os filmes Meu Nome É Jacque, no dia 3, Espaço Além – Marina Abramovic e o Brasil, nos dias 8 e 9, e o filme Boi Neon no dia 22. Além disso, será realizada a mostra John Waters - O Papa do Trash, que irá homenagear esse polêmico, controverso e admirado cineasta. Serão apresentados todos os filmes de Waters, dos curtas aos longas-metragens, com os estrelados pela travesti Divine (como Pink Flamingos e Polyester), e as obras que chegaram ao grande público (como Hairspray e Cry-Baby). Além de documentários e filmes que estrelados por Divine. No dia 11 de novembro, às 19h30, o curador Mario Abbade e os críticos Marcelo Miranda e Victor Guimarães realizam um debate com o público sobre a vida e obra de John Waters. Confira no arquivo a programação completa.
A entrada para as sessões de ambas as mostras é gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes da sessão. Espaço sujeito a lotação. Confira abaixo os detalhes da programação:
SINOPSES CINEMA EM TRANSE
Meu Nome É Jacque
Exibição do filme Meu Nome É Jacque, seguida de debate com a diretora Angela Zoe. O documentário aborda a diversidade através da vida de Jacqueline Côrtes, uma mulher transexual brasileira, que vive com Aids. Jacque tem a vida marcada por lutas e conquistas como representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas. Hoje, casada e mãe de dois filhos, mora numa pequena cidade, levando uma vida voltada para a família. Ao acompanhar o cotidiano de Jacque, o documentário apresenta os inúmeros desafios que foram rompidos pela personagem, levantando uma reflexão sobre o preconceito e identidade de gênero.
Espaço Além – Marina Abramović e o Brasil
A artista de performance Marina Abramovic viaja por lugares místicos do Brasil, pesquisando comunidades espirituais, pessoas e lugares de poder. O filme faz um registro etnográfico enquanto observa os processos de apropriação artística e humana de Marina. Ela entra em contato com os rituais do Vale do Amanhecer, o xamanismo na Chapada Diamantina, o candomblé na Bahia, as curas do médium João de Deus e os cristais de Minas Gerais.
Boi Neon
Nos bastidores das Vaquejadas, Iremar prepara os bois antes de soltá-los na arena. Levando a vida na estrada, o caminhão que transporta os bois para o evento é também a casa improvisada de Iremar e seus colegas de trabalho. Juntos, eles formam uma família improvisada e unida. O cotidiano é intenso e visceral, mas algo inspira novas ambições em Iremar: a recente industrialização e o polo de confecção de roupas na região do semi-árido nordestino. Deitado em sua rede na traseira do caminhão, sua cabeça divaga em sonhos de lantejoulas, tecidos requintados e croquis. O vaqueiro esboça novos desejos.
SOBRE O CINEMA EM TRANSE
A mostra Cinema em Transe propõe uma programação de filmes brasileiros, com exibição quinzenal, às terças-feiras, 20h. O objetivo é levar ao público longas-metragens que alcançaram circulação e notoriedade em diversos festivais nacionais e internacionais, mas que ainda não entraram em cartaz na capital mineira, ou que tiveram poucas chances de exibição nas salas alternativas da cidade.
A mostra busca valorizar a produção nacional e despertar o interesse do público em torno dessas obras. Ao proporcionar o encontro entre realizadores e espectadores, seja através de sessões comentadas ou oficinas, o projeto promove a formação crítica e profissional dos participantes, atendendo à constante demanda por práticas formativas em Belo Horizonte.
Sobre o eixo curatorial - Gênero: Visibilidades e Invisibilidades
O que define o que é ser homem e o que é ser mulher? Existem somente essas duas identidades? As definições se limitam aos nossos corpos? Esses questionamentos são apenas o ponto de partida das reflexões suscitadas pelo eixo curatorial de novembro, que pretende apresentar diversas experiências sobre um dos mais complexos temas das relações humanas: a definição de gênero.
Os padrões normativos de gênero apagam identidades e restringem as possibilidades de existência dos sujeitos. A diversidade humana é um fato e as identidades são muitas: são pessoas transgêneras, sem gênero, travestis, transexuais, não binárias e tantas outras. Por isso é necessário que a desinformação, o preconceito e a discriminação deem espaço à reflexão, à empatia e à igualdade.
No mês de novembro o Sesc Palladium convida o público a refletir, discutir e desconstruir relações de intolerância. As apresentações artísticas e ações formativas visam questionar e denunciar uma realidade que oprime e marginaliza as diferenças. Assim, nossa programação busca contribuir para a visibilidade de todas as identidades e formas de expressão.
Confira toda a programação no site do Sesc e acompanhe também pela página do Sesc Palladium no Facebook.
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