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Filarmônica de Minas Gerais recebe o regente convidado Ira Levin e o violinista ucraniano Dmytro Udovychenko, vencedor do concurso Rainha Elisabeth da Bélgica 2024

Evento acontece nos dias 30 e 31 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais

Nos dias 30 e 31 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais recebe o vencedor do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica 2024, o violinista ucraniano Dmytro Udovychenko, que brindará o público com o eletrizante Concerto para violino nº 2 do também ucraniano Sergei Prokofiev. O regente convidado Ira Levin nos introduz a primorosa Sinfonia em Mi bemol maior de Paul Hindemith e apresenta suas próprias orquestrações de quatro peças pianísticas de Sergei Rachmaninov. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Apoio Cultural: Inter. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Ira Levin, regente convidado

Regente, pianista e arranjador, Ira Levin conduziu centenas de apresentações de mais de 90 óperas, passando por alguns dos palcos mais importantes da Europa e das Américas. Foi regente assistente na Casa de Ópera de Frankfurt e regente titular da Ópera de Bremen e da Deutsche Oper am Rhein, em Düsseldorf. Em 2002, mudou-se para o Brasil e assumiu a direção artística e musical do Theatro Municipal de São Paulo. Ocupou o mesmo cargo posteriormente no Teatro Nacional Cláudio Santoro (2007-2010) e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2019-2021). Entre 2011 e 2015, foi regente convidado principal do Teatro Colón de Buenos Aires. Entre as suas gravações, destacam-se os álbuns com a Sinfônica de Londres e com a Orquestra Nacional Real Escocesa, ambos com composições de Michael Colina. Levin também publicou mais de 40 obras, incluindo transcrições para piano e orquestrações sinfônicas para peças de Busoni, Liszt, Rachmaninov e outros grandes compositores.

Dmytro Udovychenko, violinista

Um dos violinistas mais promissores da sua geração, Dmytro Udovychenko é vencedor do Primeiro Prêmio do Concurso Rainha Elisabeth em 2024. Também conquistou o prêmio principal nos Concursos Internacionais de Montreal (2023) e de Singapura (2022), o terceiro lugar no Concurso Sibelius (2022) e o segundo lugar no Concurso Joseph Joachim (2018). Como solista, apresentou-se no Wigmore Hall de Londres, no Bozar de Bruxelas e em outras salas importantes da Europa. Nascido na Ucrânia, em 1999, Dmytro estudou na Escola Especializada de Música de Kharkiv, sob orientação de Ludmila Varenina, e na Universidade de Artes Folkwang, com Boris Garlitsky. Atualmente, é aluno de Christian Tetzlaff na Kronberg Academy. Seu instrumento é o violino “Ex-Kingman” de Giovanni Battista Guadagnini, datado de 1769 e cedido pela Deutsche Stiftung Musikleben. Este é o seu concerto de estreia com a Filarmônica de Minas Gerais.

Repertório

Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1943) e a obra Quatro Peças (1894-1917). Orquestração de Ira Levin.

Em 2014, no intuito de celebrar a arte do grande compositor russo Sergei Rachmaninov, o regente e pianista norte-americano Ira Levin realizou a transposição para orquestra de cinco peças suas – quatro compostas originalmente para piano e uma para coro a capella. Todas datam do período entre 1894 e 1917, quando Rachmaninov ainda vivia na Rússia. As Quatro Peças apresentadas hoje serão:

I. Oriental Sketch – Composta em novembro de 1917, poucas semanas antes de Rachmaninov se mudar para os Estados Unidos, é uma obra enérgica e bem-humorada que, curiosamente, pouquíssimo tem de “oriental”. O título foi uma escolha da editora; supostamente, a intenção do autor era chamá-la de “O Expresso do Oriente”, em referência ao modo como é estruturado o seu ritmo motor.

II. Bogoroditse Devo nº 6, op. 37 – Trata-se de um dos cantos litúrgicos que formam a solene Vigília Noturna, op. 37, composição para coro a capella inspirada em um rito da Igreja Ortodoxa Russa. Também conhecida como “Vésperas”, a Vigília Noturna foi escrita em 1915 e era uma das obras favoritas do próprio Rachmaninov. O trecho em questão é baseado em uma variante eslava da oração Ave Maria e pode ser traduzido como “Alegrai-vos, ó Virgem”.

III. Prelúdio nº 10, op. 32– Parte da coletânea de treze Prelúdios, op. 32, composta em 1910, o Prelúdio nº 10 em si menor é inspirado no quadro O Retorno para Casa, do pintor suíço Arnold Böcklin. Em tons outonais, a pintura retrata um homem de costas, sentado em uma fonte, observando uma casa escura, no que parece ser o início do anoitecer. A peça de Rachmaninov mantém essa ambientação soturna e é marcada por um clímax intenso e emotivo.

IV. Humoresque nº 5, op. 10 – Composta quando Rachmaninov tinha 21 anos, a Humoresque em Sol maior integra a coletânea Morceaux de salon, op. 10 [“Peças de salão”], publicada em 1894. É uma peça leve, similar a um capricho, que registra algumas ideias que, no ano seguinte, seriam aproveitadas pelo compositor em sua Primeira Sinfonia.

Sergei Prokofiev (Sontsovka, Império Russo, hoje Ucrânia, 1891 – Moscou, Rússia, 1953) e a obra Concerto para violino nº 2 em sol menor, op. 63 (1935).

Prokofiev, que vivia fora da Rússia desde 1918, desejava ardentemente rever seu país natal. Depois de alguns anos morando em Nova York, mudou-se para Paris em 1923, e, a partir da década de 1930, começou a se reaproximar da comunidade artística soviética. Retornou à pátria por definitivo em 1936. Em casa, Prokofiev foi celebrado e recebeu inúmeras honrarias, dando início a um dos períodos mais criativos de sua carreira.

Pouco antes de seu regresso, na mesma época em que trabalhava no balé Romeu e Julieta, Prokofiev compôs o Concerto para violino nº 2. Trata-se de sua última obra escrita no Ocidente. Foi uma encomenda do violinista francês Robert Soetens, que deteve os direitos exclusivos de sua execução por um ano. A estreia se deu em Madri, em dezembro de 1935, com Soetens ao violino e regência de Enrique Fernández Arbós.

O Concerto se inicia com o violino executando o primeiro tema, prontamente retomado pela orquestra. A frequente alternância de momentos rápidos e lentos marca este primeiro movimento (“Allegro moderato”), que se encerra com uma atmosfera inesperadamente misteriosa. O segundo movimento (“Andante assai”) abre com um dos mais belos e apaixonados temas de Prokofiev, que é seguido por um segundo, de caráter mais imponente, desenhando um leve contraste. O terceiro movimento (“Allegro, ben marcato”) é uma dança moderada, no qual a percussão se faz mais presente, especialmente no brilho penetrante das castanholas.

Em todo o seu curso, o Concerto guarda um quê de intimismo, principalmente no trato da orquestra, como se Prokofiev hesitasse entre a música sinfônica e a música de câmara. Dizem que sua intenção inicial era compor uma sonata para violino e piano. Ao que parece, ao transformá-la em um concerto, Prokofiev decidiu preservar muito das atmosferas originais.

Paul Hindemith (Hanau, Alemanha, 1895 – Frankfurt, Alemanha, 1963) e a obra Sinfonia em Mi bemol maior (1940).

Principal compositor alemão de sua geração, Paul Hindemith começou a se indispor com o regime nazista assim que o Partido Nacional-Socialista venceu as eleições parlamentares de 1932. Logo no ano seguinte, grande parte de suas obras foi taxada de “bolchevismo cultural” e proibida de ser executada na Alemanha. Os atritos escalaram e, em 1937, Hindemith decide se exilar na Suíça. Em 1940, muda-se com a família para os Estados Unidos, onde assume uma cadeira no Departamento de Música da Universidade de Yale.

No verão desse mesmo ano de 1940, Hindemith é convidado a lecionar em Tanglewood, e, entre as atividades do festival, assiste a um concerto da Orquestra Sinfônica de Boston, com regência de Serge Koussevitzky. A beleza da apresentação teria inspirado o alemão a compor uma nova sinfonia (a anterior, Matias, o Pintor, já era um de seus maiores sucessos), ideia que Koussevitzky acatou de imediato. Em dezembro de 1940, a Sinfonia em Mi bemol ficou pronta, mas o resultado surpreendeu a todos.

Conhecido por sua linguagem musical idiossincrática, formulada a partir de uma abordagem teórica muito própria, Hindemith entregou uma sinfonia de estrutura clássica, em quatro movimentos e de sólida escrita contrapontística. A obra remetia mais ao formalismo sóbrio de Bruckner do que aos ímpetos por inovação de muitos contemporâneos de Hindemith – ainda que não deixe de se enquadrar bem na estética neoclássica do período.

Talvez por não ter recebido exatamente o que esperava, Koussevitzky optou por adiar a estreia da Sinfonia em Mi bemol para a temporada seguinte. Incomodado com a decisão, Hindemith ofereceu a partitura a Dimitri Mitropoulos, à época regente titular da Orquestra Sinfônica de Minneapolis (hoje Orquestra de Minnesota), que estreou a obra em 21 de novembro de 1941.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Allegro
30 de outubro – 20h30
Sala Minas Gerais

Série Vivace
31 de outubro – 20h30
Sala Minas Gerais

Ira Levin, regente convidado
Dmytro Udovychenko, violino

RACHMANINOV / I. Levin Quatro Peças para orquestra
PROKOFIEV Concerto para violino nº 2 em sol menor, op. 63
HINDEMITH Sinfonia em Mi bemol maior

INGRESSOS: R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos: Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa | Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos prêmios e menções, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2024 na categoria CD/DVD/Livros, com o álbum com obras de Lorenzo Fernandez. A Orquestra já havia recebido Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Foto: Ana Clara Miranda

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